Banca de DEFESA: ALBANY SALUSTINO FERNANDES DUTRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALBANY SALUSTINO FERNANDES DUTRA
DATA : 22/02/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Sala de Reunião, Centro de Biociências, UFRN
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DA ALGAROBEIRA COMO AGENTE FITORREMEDIADOR DE REJEITOS ORIUNDOS DA MINERAÇÃO


PALAVRAS-CHAVES:

comunicação do risco; metais pesados; poluição ambiental; saúde pública; fitorremediação; algaroba


PÁGINAS: 103
RESUMO:

Ações antrópicas em atividades de mineração de metais como ferro, chumbo e outros metais de interesse comercial, contribuem com a liberação de rejeitos que constituem numa das principais formas de poluição e contaminação ambiental por metais. O presente trabalho consta de pesquisas bibliográficas e dois capítulos no formato de artigos, e tem como objetivo a avaliação da Prosopis juliflora (Sw) DC.como potencial agente fitorremediador de rejeitos oriundos de mineração, e a avaliação da percepção do risco dado a exposição aos tóxicos ambientais por parte da população residente e que trabalha na área 1, Mina Brejuí, inserida no município de Currais Novos-RN. Para a realização dos objetivos, nesta primeira parte da revisão e do capítulo 1, utilizou-se a metodologia de pesquisas bibliográficas, entrevistas in loco e aplicação de questionários semiestruturados para a população específica. Os resultados obtidos no capítulo 1, cujo título é a avaliação da percepção do risco em uma população do semiárido nordestino potencialmente exposta a tóxicos oriundos da atividade de mineração, revelaram uma população estável no local objeto de estudo com um nível de escolaridade alto, e mais da metade dos trabalhadores entrevistados descreveram práticas seguras de manuseio de substâncias tóxicas no âmbito laboral. Em relação a preocupação com a qualidade ambiental menos de 20% indicaram problemáticas de ordem ambiental. Já 82,2% expuseram preocupação com o ambiente e 62,2% perceberam maus tratos ao mesmo. No entanto, grande parte dos entrevistados não apresentou conhecimento sobre o principal impacto ambiental da atividade de mineração através da liberação de metais pesados no ambiente. Analisados os resultados foi observado significância estatística (p < 0,05) quanto ao uso de EPIs versus escolaridade e ao relacionar a preocupação com o meio ambiente versus nível de escolaridade maior da população, observou-se uma associação estatisticamente significativa (p < 0,0001), ratificando assim a influência da escolaridade no comportamento da população frente as problemáticas ambientais. Não houve associação entre outras variáveis, principalmente quando associados à exposição a doenças e a contaminação da qualidade da água. Mesmo a maioria da população não apresentando conhecimento sobre tóxicos ambientais, e sobre a contaminação natural ou gerada pela atividade mineral, existe uma percepção do risco com o ambiente ao seu entorno, que pode ser observado nas respostas quanto a preocupação com o mesmo, e com relação a maus tratos ocorridos. No entanto, novos estudos devem ser feitos possibilitando assim um melhor gerenciamento de possíveis problemas como a exposição a tóxicos ambientais decorrentes da atividade laboral, e assim adotar medidas mitigadoras se necessário por parte da Mineradora em conjunto com a população residente na Mina. É importante salientar que a redução de fatores de vulnerabilidade e/ou a ausência deles, contribuem para minimizar os riscos associados, servindo como subsídio para serem aprofundados visando entender sua importância e sua inserção em contextos de impacto ambiental como os decorrentes da atividade extrativista. O título do segundo capítulo em forma de artigo foi Fitorremediação: A Algaroba (Prosopis juliflora) (SW) DC como potencial agente fitorremediador de rejeitos de Mineração no semiárido do Nordeste Brasileiro. Como metodologia da parte do capítulo 2, além da pesquisa bibliográfica foram escolhidos aleatoriamente, in loco, 6 pontos para coleta de água, sendo 3 localizados na Área 1, mina brejuí, e 3 na Área da fazenda 2, no município de Santa Cruz-RN. A coleta do solo e tecidos vegetais foram realizadas também in loco, em 7 amostragens coletadas aleatoriamente, sendo 4 na área 1 e 3 na área 2. As amostras foram coletadas e levadas para o Núcleo de Processamento Primário e reuso de Água Produzida e Resíduos (NUPPRAR) da UFRN. O uso da algaroba Prosopis juliflora (Sw) DC, como potencial agente fitorremediador, foi analisado através de análise descritiva dos resultados e aplicação do coeficiente de correlação de Spearman, aonde foi confirmado a associação significativa desses metais com o solo, a água e a raiz da algaroba. Sendo o Al, Cd, Co, Cr e Fe ao nível p<0,01 e Al, Cu e Mn ao nível de p<0,05, confirmando assim a algaroba como forte candidata à fitorremediação de metais pesados oriundos dos rejeitos minerais. O estudo da percepção do risco, permitiu avaliar o risco, comunicando a população modos de minimizar os efeitos da exposição a substâncias tóxicas. Com os resultados analisados nos compartimentos ambientais foi confirmado a algaroba como agente Fitorremediador em área de rejeitos oriundos de mineração, embora novos estudos possam vir a atestar e corroborar com esse que é o primeiro relato do uso da algaroba como fitorremediadora in situ, em região semiárida do Nordeste e do Estado do Rio Grande do Norte.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2380571 - CIBELE SOARES PONTES
Externo à Instituição - EDUARDO LUIZ VOIGT - UFERSA
Presidente - 1674709 - VIVIANE SOUZA DO AMARAL
Notícia cadastrada em: 06/02/2019 10:09
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