PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Téléphone/Extension: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de QUALIFICAÇÃO: ADRIANA GUEDES CARLOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ADRIANA GUEDES CARLOS
DATA : 14/06/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Fisioterapia
TÍTULO:

Sistemas do Controle Postural em Idosos com Diabetes Mellitus


PALAVRAS-CHAVES:

Idoso, Quedas, Equilíbrio Postural, Diabetes Mellitus, Avaliação


PÁGINAS: 60
RESUMO:

O Diabetes Mellitus (DM) é caracterizado como uma desordem metabólica, um distúrbio da secreção e/ou ação da insulina nos tecidos alvos, resultando em um estado de hiperglicemia crônica. O DM é fator de risco para outras comorbidades, que surgem decorrentes de alterações funcionais de diversos órgãos e sistemas que ficam expostos ao descontrole do metabolismo dos carboidratos, tais como os sistemas sensoriais: retinopatia diabética, alterações auditivas, vestibulares ou mistas, neuropatia diabética. As perdas sensórias, motoras e autonômicas associadas a outras comorbidades comuns ao envelhecimento podem comprometer o controle postural nas tarefas comuns do dia a dia, tornando-os mais susceptíveis ao desequilíbrio e às quedas. O presente estudo tem como objetivo avaliar idosos com DM em relação: 1) à caracterização clínica e funcional; 2) determinar os fatores sociodemográficos, clínicos, funcionais e psico-cognitivos, relacionados aos sistemas do controle postural de idosos com DM do tipo 2. Trata-se de um estudo observacional analítico de caráter transversal em que foram avaliados 58 indivíduos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos. Os idosos foram avaliados em relação aos dados sociodemográficos, clínicos-funcionais, psico-cognitivos e dos sistemas do controle postural. Os sistemas do controle postural foi avaliado por meio do Mini BESTest. O escore total do Mini BESTest foi analisado em relação às demais variáveis do estudo. Foram realizadas análises descritivas simples e inferencionais, utilizando os testes de Mann-Whitney, de Kruskal-Wallis seguido do teste de Dunn e o Coeficiente de Correlação de Spearman (ρ), p<0,05. Resultados: A amostra apresentou a maioria feminina (72,4%), com média etária de 69,31 ± 6,95 anos. O número médio de doenças associadas ao DM foi de 3,26 ± 0,74 e o número médio de medicamentos foi de 6,26 ± 2,73. Grande parte dos idosos relatou conhecer o diagnóstico da DM há mais de cinco anos (74,1%), a média da hemoglobina glicada foi 8,94 ± 2,43 (%). A maioria fez uso de insulinoterapia (48,3%), não utilizou dispositivo de marcha (94,8%), não apresentou hipotensão ortostática (75,9%),  se queixou de dor nos MMII. Média da EVA 4,40 ± 3,95. Para 41(70,7%) pacientes, o medo de cair foi enfatizado e  38 (65,5%) relataram tendência a quedas, embora tenham apresentando menor risco de quedas (60,3%). A tontura foi prevalente em 34 (58,6%) dos casos,  a mais predominante foi a  do tipo rotatória (34,5%) subjetiva (20,7%). Grande quantidade dos participantes não apresentou défict congnitivo (56,9%), nem presença de sitomas depressivos (60,3%). A mediana do Mini BESTest foi de 79,06. Ocorreram associações significantes entre a pontuação total do Mini BESTest e as categorias das variáveis: faixa etária (p<0,001), escolaridade (p=0,024), saúde geral (p<0,002), prática regular de atividade física (p< 0,005), doenças do sistema nervoso (p<0,004), doenças do sistema respiratório (p<0,001), medicamentos em uso para o sistema nervoso (p<0,001), uso de dispositivo de marcha (p<0,0001), tipo de dispositivo de marcha (p<0,0001), quedas no último ano (p<0,0002), risco de quedas (p<0,0002), tontura (p<0,0002) e tipo de tontura (p<0,0002). Correlações estatisticamente significantes foram encontradas entre a pontuação do Mini BESTest e as variáveis quantitativas: número de doenças (ρ= -0,265; p= 0,0004), média do dinamômetro (ρ= 0,303; p=0,021), Mini Exame do Estado Mental (ρ= 0,324; p= 0,013) e  Escala de Depressão Geriátrica (ρ= -0,459; p<0,0001). Conclusões: Os sistemas de Controle Postural de idosos com DM tipo 2 é mais comprometido quando associado ao avançar da idade, baixa escolaridade, maior número de doenças, boa saúde geral, sedentarismo, pouca força no membro superior, doenças do sistema nervoso e respiratório, uso de medicamentos para o sistema nervoso, uso de dispositivo de marcha, tipo de dispositivo de marcha, quedas no último ano, risco de quedas, tontura, tipo de tontura, presença de déficit cognitivo e     sintomas depressivos.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2179208 - ANA RAQUEL RODRIGUES LINDQUIST
Presidente - 2090691 - JULIANA MARIA GAZZOLA
Externo à Instituição - MONICA RODRIGUES PERRACINI - UCSP
Notícia cadastrada em: 03/06/2016 15:40
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