A inserção de adolescentes e jovens no mercado de trabalho formal: um estudo junto aos ex-participantes do Projeto ViraVida entre 2010 e 2012 em Campina Grande e João Pessoa – PB
Exploração Sexual; Criança e Adolescente; Projeto ViraVida; Mercado de Trabalho.
Este Relatório para o Exame de Qualificação chama atenção à temática da exploração sexual infanto-juvenil, cuja ocorrência suscitou a necessidade de ações de enfrentamento às situações de violação de direitos. Nesse intuito, o Projeto ViraVida foi pensado e implantado pelos seus Responsáveis, por meio de uma parceria entre empresas e Governo Federal. Desenvolvido desde junho de 2008, o Projeto ViraVida abrange um público-alvo de adolescentes e jovens, vítimas de exploração sexual e em situações de vulnerabilidade social. Tem por objetivo dar enfretamento a exploração sexual de jovens na faixa etária de 16 e 21 anos de idade, em cuja proposta da ação estabelece-se a escolaridade e a inserção no destes jovens no mercado de trabalho formal. Os objetivos da pesquisa que dá suporte a este Relatório é analisar o referido Projeto em Campina Grande e João Pessoa – PB, entre os anos 2010 e 2012. Tais objetivos enquadram-se no âmbito das modificações societárias contemporâneas e a efetividade de suas ações no tocante à inserção dos ex-participantes deste no mercado de trabalho formal. Nosso enfoque será dado por meio de uma pesquisa descritiva com abordagem quanti-qualitativa e de cunho exploratório. Paralelamente, serão analisados criticamente os objetivos e metas estabelecidas pela esfera estatal, via Projeto ViraVida. O universo da pesquisa são os cento e sessenta adolescentes e jovens ex-participantes do Projeto ViraVida em Campina Grande e João Pessoa – PB, entre os anos 2010 e 2012, assim como os gestores e coordenadores do Núcleo de Empregabilidade do SESI em Bayeux – PB. Pretende-se, ainda, construir um conhecimento acerca da temática, no sentido de oferecer subsídios para profissionais de diversas áreas em geral e do Serviço Social em particular, dos pesquisadores de diversas instituições, a respeito dessa realidade dinâmica, com vistas a contribuir para a realização de pesquisas futuras na área da infância, adolescência e violência, a qual demanda uma prática interventiva e constante na realidade social, numa perspectiva macrossocietária.