Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA LUIZA CRUZ DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA LUIZA CRUZ DE OLIVEIRA
DATA : 29/06/2018
HORA: 16:00
LOCAL: Sala de aula do PPg em Psicobiologia
TÍTULO:

Efeito do uso noturno do telefone celular sobre o ciclo sono-vigília, resposta autonômica e processamento cognitivo matutino de universitários


PALAVRAS-CHAVES:

Adolescentes, ciclo sono-vigília, uso de celular, processamento cognitivo, resposta autonômica.


PÁGINAS: 85
RESUMO:

A experiência universitária promove grandes mudanças na vida dos adultos emergentes. Em relação ao uso de mídia, os universitários relatam maior uso de uso de mídia quando comparados aos estudantes do ensino médio. A capacidade de realizar multitarefa e as dimensões leves e práticas dos telefones celulares modernos aumentam o apelo desse dispositivo, podendo ocasionar o uso inadequado e consequente aumento exposição à luz à noite, irregularidade nos horários e privação de sono. A privação de sono afeta os processos cognitivos básicos que regulam o desempenho dos indivíduos, como a atenção, memória operacional, controle inibitório e flexibilidade cognitiva. Entretanto, pesquisas sugerem que o desempenho e a sonolência podem sofrer um efeito compensatório da ativação de outras áreas cerebrais sobre o prejuízo provocado pela privação de sono. Uma pesquisa recente apontou o Locus ceruleus como possível promotor desse efeito compensatório, que pode se refletir na ativação cortical e atividade autonômica. Nesse trabalho, avaliamos o impacto do uso noturno do celular sobre parâmetros do sono e desempenho cognitivo. Em paralelo, o possível efeito mascarador da hiperativação do sistema nervoso autônomo sobre os efeitos prejudiciais da privação do sono, foi avaliado através de medidas autonômicas. Da amostra prevista de 150 estudantes, 45 preencheram questionários de avaliação da condição socioeconômica, uso noturno de celular, cronotipo, qualidade de sono e sonolência diurna. Além disso, preencheram o diário do sono e usaram actímetros por 10 dias. Nesta fase, realizaram testes cognitivos e coleta de variáveis de resposta autonômica uma vez entre 7 e 9 h. No fim de semana, os horários de deitar (F(1,430)=14,57; p<0,005) e levantar  (F(1,431)=53,11; p<0,005) foram mais tardios, o tempo na cama foi maior (F(1,430)=12,10; p<0,005) e a sonolência ao despertar, menor (F(1,426)= 8,29; p=0,004). Os participantes foram divididos em 2 grupos de acordo com a duração do uso do celular após às 18h.  O grupo de maior uso relatou horários mais tardios de deitar (F(1,430)=8,61; p<0,005), menor tempo na cama (F(1,430)=11,64; p<0,00), e maior sonolência ao despertar (F(1,426)= 18,83; p<0,001). Além disso, este grupo apresentou maior percentual de qualidade ruim de sono (X²=103,81; p<0,001). Não foram encontradas diferenças entre os grupos para os componentes da atenção. Os dados coletados para as demais funções cognitivas, medidas autonômicas e da actimetria estão em análise. Faz-se necessária a ampliação da amostra para confirmação dos resultados observados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALINE SILVA BELISIO - UNIFACEX
Presidente - 1199136 - CAROLINA VIRGINIA MACEDO DE AZEVEDO
Interno - 1216466 - JOHN FONTENELE ARAUJO
Notícia cadastrada em: 20/06/2018 16:00
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