DE BARRA DO RIO AOS PARRACHOS: DUAS REALIDADES SOCIORGANIZACIONAIS NO LITORAL NORTERIOGRANDENSE
Capital Social. Associação. Apropriação. Discurso do Sujeito Coletivo.
Observando que o capital social é considerado de fundamental importância para consolidação de uma associação, este trabalho procura analisar como diferentes grupos associativistas absorvem o conceito sobre associação e de que forma conseguem dar encaminhamento em suas ações voltadas para o interesse social. A investigação teve como objetivo central avaliar duas formas de associativismo, fundamentada na conceituação de Pierre Bourdieu (1980) sobre capital social, que salienta que a sua distribuição e percepção são desiguais e depende da capacidade de apropriação de diferentes grupos sociais. Nesse sentido, tomaram-se por base duas organizações uma em Barra do Rio e outra em Maracajaú que tem como principal atividade a exploração turística no litoral norteriograndense. A metodologia adotada para entender o discurso dos membros associados e da comunidade local fora pautada no método de Análise do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), proposto por Levevre & Lefevre (2002). Organizado em descrições através de entrevistas estruturadas - com questões abertas - chegando ao pensamento unificado do grupo estudado através de instrumentos de análise de dados, quali/quantitativo. Depois de tratados os dados, evidenciou-se que, apesar do propósito para o associativismo tenha sido motivado pela exploração nas duas organizações, cada uma se apropria de forma diferente o seu capital social. Enquanto que em uma permeia sentimentos de união, confiança e satisfação do trabalho em grupo, na outra, esses sentimentos são sufocados pelo individualismo, pela desconfiança entre seus membros que, apesar de verem o associativismo como algo importante para o crescimento e fortalecimento do grupo, trabalha individualmente.