A NATUREZA DA CENTRALIDADE URBANA EM NATAL
A temática centralidade é bastante atual, entretanto, não pode prescindir da sua clássica teoria, a das Localidades Centrais, de Christaller (1933), a qual focou seu olhar investigativo para o número, o tamanho e a distribuição dos núcleos urbanos do Sul da Alemanha, e servirá de base inicial para a análise neste trabalho, estabelecendo um diálogo com o debate acadêmico contemporâneo. Uma teoria de base econômica, preocupada com a distribuição de bens, junto à sociedade. Na contemporaneidade, a temática centralidade está bastante consorciada ao comércio de bens e à prestação de serviços que se estruturam no processo de produção-reprodução do espaço urbano. Este trabalho tem por fim investigar acerca da natureza da centralidade urbana em Natal/RN, o que a constitui em seus conteúdos, processos e formas, enquanto expressões da centralidade, que se conforma em dado centro urbano. A questão principal é: o que constitui uma centralidade? Ante essa questão, a resposta preliminar ou pressuposto que ora se apresenta é: a diversidade da natureza da centralidade urbana em Natal resulta do seu processo de desenvolvimento urbano, ancorado em políticas públicas e na dinâmica do capital, gerando novas centralidades, as quais se expressam por meio de conteúdos, processos e formas diversas, os quais são inerentes ao contexto urbano capitalista. Tal pressuposto aponta como tese que a centralidade urbana em Natal apresenta uma natureza diversa, expressa por seus conteúdos, processos e formas. E, decorrente da diversidade da sua natureza, a centralidade atrai-irradia para si fluxos, em função do que tem a oferecer, gerando novas centralidades.