Banca de DEFESA: LUCIANA FENTANES MOURA DE MELO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCIANA FENTANES MOURA DE MELO
DATA : 29/03/2023
HORA: 13:00
LOCAL: Videoconferencia - Link para acesso: https://meet.google.com/qxf-ewvt-ogz
TÍTULO:

EXTRATOS E FRAÇÕES DE Coccoloba alnifolia: POTENCIAL ANTIOXIDANTE, IMUNOMODULADOR E CICATRIZANTE in vitro


PALAVRAS-CHAVES:

Cauaçu; Folhas, ROS, redução de NO, fagocitose, cicatrização de feridas, qRT-PCR


PÁGINAS: 78
RESUMO:

O estresse oxidativo é um desequilíbrio entre a produção das espécies reativas e os antioxidantes. O acúmulo de espécies reativas no organismo pode resultar em danos nos tecidos e órgãos, potencialmente induzindo a uma variedade de alterações fisiológicas que comprometem a homeostase e podem ser associadas a doenças cardíacas, neurológicas e câncer, por exemplo. Tem sido observado que compostos fenólicos derivados de plantas apresentam a capacidade de sequestrar e neutralizar os radicais livres em excesso. A espécie C. alnifolia, uma árvore da mata atlântica, apresenta poucos estudos etnobotânicos. Estudos anteriores do grupo mostraram que os extratos obtidos de folhas apresentaram um potencial antioxidante. Assim, neste trabalho, o objetivo foi avaliar o potencial antioxidante, imunomodulatório dos extratos etanólico (EE) e aquoso (EA) e de duas frações obtidas a partir do extrato aquoso (frações do acetato de etila (FA) e butanólica (FB)). Estas duas frações foram escolhidas a partir do perfil obtido após a análise em cromatografia líquida de alta performance, acoplada ao detector de diodo (CLAE-DAD). Estas duas frações foram caracterizadas por meio de ensaios in vitro quanto ao potencial antioxidante. Foi observado que ambas o possuem, entretanto, a FB, apresentou maior potencial antioxidante em relação à FA. Entre os resultados da atividade antioxidante obtidos, o que mais chamou a atenção foi a quelação de cobre, que não havia sido observada anteriormente no extrato bruto (EA). A partir destes resultados, foi avaliado o potencial imunomodulatório por meio de ensaios com a célula RAW 267.4. Primeiramente, foi verificado que tanto os extratos quanto as duas frações não foram citotóxicos. Em seguida, considerando a complexidade do processo inflamatório, foi analisado então o efeito de EE e de EA na produção de ROS após o tratamento com lipopolissacarídeo (LPS). Para isso, foram utilizadas três concentrações de extratos (100, 250 e 500 µg/mL). Verificou-se que ambos os extratos foram capazes de reduzir a produção de ROS quando comparados ao controle positivo (tratado com LPS). Além disso, a redução de ROS obtida com o EE foi semelhante ao controle negativo (sem o tratamento com LPS). Depois, foi verificada a capacidade dos extratos e das frações de inibir a produção de óxido nítrico (NO). Tanto os extratos como as frações foram capazes de inibir a produção e a liberação de NO nas três concentrações testadas, de forma dose-dependente, com redução maior que 50%. Ainda em relação aos extratos, foi avaliada a atividade fagocítica, pois essa é importante para a avaliação da atividade imunomoduladora. Essa análise foi realizada apenas com a concentração de 500 μg/mL, e verificou-se uma redução de 30% para EE e de 50% para EA. Considerando que as citocinas são importantes mediadores para a resposta imune e inflamatória, estas foram avaliadas utilizando duas metodologias, como a medição de citocinas por citometria de fluxo, em que houve aumento de IL-17 e de qRT-PCR, em que houve redução de iNOS e de IL-10, pelo EE. Com base nesses resultados, foi avaliado também o potencial dos extratos e das frações na migração celular utilizando a linhagem celular NHI/3T3 (fibroblastos) em culturas submetidas ao ensaio da ferida. Os resultados obtidos mostraram que ambos os extratos e frações, em 24 h, promoveram uma migração celular, tendo um fechamento em torno de 60% da ferida para os extratos, e em 75% para a fração FB, enquanto no controle (sem extrato), a porcentagem de migração celular foi em torno de 40%. Desse modo, os dados aqui apresentados demonstraram que os EE e EA e as frações FA e FB de C. alnifolia, possuem potencial antioxidante, imunomodulador, assim como apresentam a capacidade de induzir a migração celular envolvida no processo de cicatrização de feridas in vitro, propriedades importantes para extratos e frações com potencial para atuar na dinâmica do processo inflamatório e de dano tecidual. Com isso, conclui-se que tanto os extratos quanto as frações possuem potenciais aplicações futuras para biotecnologia em saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1453487 - KATIA CASTANHO SCORTECCI
Interno - 2962496 - RAFAEL BARROS GOMES DA CAMARA
Externa ao Programa - 1251018 - RIVA DE PAULA OLIVEIRA - UFRNExterno à Instituição - CARLOS HENRIQUE SALVINO GADELHA MENESES - UEPB
Externa à Instituição - DEBORAH YARA ALVES CURSINO DOS SANTOS - USP
Notícia cadastrada em: 27/03/2023 08:36
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