Banca de DEFESA: JACKSON ARAUJO DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JACKSON ARAUJO DE SOUSA
DATA : 29/09/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

AGRONEGÓCIO E INJUSTIÇA AMBIENTAL NA CHAPADA DO APODI (CE): A CONVIVÊNCIA PRECÁRIA COM O SEMIÁRIDO NA FRONTEIRA DO CAPITAL


PALAVRAS-CHAVES:

Injustiça ambiental; Convivência com o Semiárido; Agronegócio.


PÁGINAS: 219
RESUMO:

Na Chapada do Apodi, no estado do Ceará, a expansão do agronegócio tem reconfigurado a questão agrária da região, ensejando processos de injustiça ambiental. De maneira concomitante, se articulam movimentos de resistência ao modelo de desenvolvimento preconizado pelo agronegócio. Tal processo é verificado na porção da Chapada do Apodi circunscrita ao município de Tabuleiro do Norte, onde ocorre a expansão do agronegócio de grãos, com destaque para o algodão, mediante atuação da empresa Nova Agro Agropecuária LTDA. Observa-se, nessa região, que os conflitos são mais visíveis e intensos, pondo em confronto racionalidades muitas vezes divergentes e/ou excludentes. No recorte da pesquisa, onde vivem camponeses(as) distribuídos em dez comunidades, é possível verificar a convivência com o Semiárido sendo diretamente afetada pela territorialização do capital, tornando-a mais precária. Dessa forma, objetiva-se compreender as limitações impostas pela injustiça ambiental à convivência com o Semiárido na Chapada do Apodi, no município de Tabuleiro do Norte. Os objetivos específicos são: 1) caracterizar os territórios da convivência com o Semiárido na Chapada do Apodi; 2) investigar o cenário de injustiça ambiental, frente às ações do Estado e do agronegócio; 3) evidenciar as estratégias de resistência que possibilitam a convivência com o Semiárido. A pesquisa se constitui como de natureza qualitativa, cujos procedimentos metodológicos são organizados em quatro etapas: 1) levantamento e revisão bibliográfica; 2) levantamento de dados secundários; 3) trabalhos de campo; 4) sistematização e análise dos dados. A partir da investigação, constatou-se que o agronegócio tem aprofundado os processos de injustiça ambiental na Chapada do Apodi, impondo desproporcionalmente os malefícios dessa atividade econômica aos(às) camponeses(as). Contando com o apoio do Estado, os impactos produzidos pelo agronegócio, tais como desmatamento, destruição de tecnologias sociais, mau cheiro em função da aplicação de agrotóxicos e possível mortandade de abelhas, dentre outros, tem provocado limitações à convivência com o Semiárido. Todavia, os(as) camponeses(as), contando com uma rede de apoio, têm produzido resistência frente ao avanço do capital, fundamentando a permanência da vida no território.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3214278 - LEANDRO VIEIRA CAVALCANTE
Interno - 1804195 - GLEYDSON PINHEIRO ALBANO
Externa à Instituição - CAMILA DUTRA DOS SANTOS - UECE
Externo à Instituição - RAQUEL MARIA RIGOTTO - UFC
Notícia cadastrada em: 12/09/2023 07:51
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