OTIMIZAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE RISCOS PARA SISTEMAS ESPACIAIS COM A TÉCNICA DO FATOR DE TOLERÂNCIA
Gerenciamento de risco, adaptação de normas, CubeSat, Fator de Tolerância de Risco
Esta pesquisa tem como objetivo desenvolver uma metodologia acessível, de fácil utilização e didática para gerenciamento de riscos. Parte-se do seguinte problema: como adaptar o gerenciamento de riscos tradicional a projetos de diferentes sistemas, com as características dos pequenos satélites? Nesta dissertação, pequenos satélites são caracterizados, em especial CubeSats, sendo apresentado um histórico deles e uma justificativa para o seu estudo. Em seguida, são descritas técnicas de gerenciamento de risco para pequenos satélites, tomando como base normas internacionais, estudos de casos passados e uma aplicação para projeto em andamento. Ela se inicia com uma introdução, que descreve os parâmetros da mesma, uma fundamentação teórica que descreve o que são pequenos satélites e o que são processos de gerenciamento de risco apresentando conceitos de normas aplicadas pela NASA e ESA. Em seguida, introduz o conceito de Fator de Tolerância de Risco (FTR), uma medida quantitativa do quanto uma missão é tolerável a riscos. Assim, quanto maior for o valor do FTR, maior é a tolerância de uma missão a risco, podendo-se aceitar riscos com maior probabilidade de ocorrer ou com maior impacto para a missão. Apresenta-se, ainda, fatores que influenciam nesta tolerância, especialmente para missões que utilizem pequenos satélites. Ao termino da dissertação é apresentada uma comparação da aplicação da abordagem com um caso pré-existente, que se utilizou de abordagem do DoD, assim como uma aplicação para um caso atual, que é o CONASAT. Conclui-se que a abordagem atendeu ao objetivo de prover os membros da equipe com informações sobre em que cenário de risco a missão está alocada já no início do processo de concepção da missão, embora não exclua a possibilidade de aplicação posterior da ferramenta.