DIMENSIONAMENTO DE CISTERNAS E PROPOSTA DE TIPOLOGIAS DE VOLUME PARA REGIÕES PLUVIAIS SEMELHANTES VISANDO A APLICAÇÃO EM LARGA ESCALA
Água de chuva, dimensionamento de cisternas, áreas pluviais homogêneas, semiárido
O aproveitamento imediato de água de chuva tem sido uma forma de amenizar a dificuldade do acesso à água de qualidade em muitos locais do mundo. No Brasil, a utilização de cisternas é uma prática já disseminada no meio rural e em crescimento no meio urbano. Somente o programa social P1MC (Programa Um Milhão de Cisternas) do governo federal brasileiro construiu, até fevereiro de 2016, mais de meio milhão de cisternas rurais e apesar dos inúmeros avanços elogiáveis, o Programa apresenta uma enorme falha técnica que compromete integralmente a sua credibilidade, que é a construção de cisternas com o mesmo volume (16m³) para situações completamente distintas (pluviosidade, área de captação, número de consumidores, demanda diária e perdas). Diante disso, esta pesquisa se propõe a viabilizar a adoção de tipologias de volume de cisternas para aplicação em programas de larga escala no estado do Rio Grande do Norte e é constituído por três etapas distintas. A primeira etapa constitui a revisão dos métodos de dimensionamento de cisternas existentes para a escolha do método mais aplicável a cisternas rurais no semiárido. A segunda etapa é a delimitação das zonas com precipitação pluvial homogêneas do estado e por fim, após a elaboração das tabelas com as tipologias de volume, haverá a sua aplicação em campo de duas formas: primeiramente, em uma comunidade com cisternas já implantadas pelo Programa um Milhão de Cisternas (P1MC) será comparado o volume ideal dado pela tabela com o volume que é adotado (16 m³) e por fim em uma comunidade no Agreste Potiguar serão construídas novas cisternas com base na tipologia de volume dado pela tabela. A etapa de aplicação em campo visa avaliar a viabilidade de construção de várias cisternas com volumes diferentes, com base nos aspectos construtivos e econômicos.