FATORES RELACIONADOS AO PARTO PREMATURO EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA
Parto prematuro; fatores; morbimortalidade.
As políticas de saúde no Brasil foram construídas ao longo de várias décadas (se não séculos), recebeu várias nomenclaturas e por diversas gestões. A mulher e a criança ocupam, ainda uma posição social excludente e discriminatória e essas políticas também foram construídas, ao longo dos tempos, baseados nesta situação. Desde o governo de Getúlio Vargas, vários projetos de intervenções foram pensados e implantados para a melhora das condições de saúde da mulher e da criança, quer sejam em nível individual ou coletivo. Com o advento das discussões e, por conseguinte, implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), é que se pensa em uma forma mais coletiva de intervenção a população feminina, com vistas a melhora das taxas de mortalidade materna e infantil.
São criadas algumas leis e portarias, com vistas a se atingir esses objetivos, e, o SUS coloca o pré-natal como o grande instrumento (ação) para melhora das condições de vida da saúde reprodutiva das mulheres, com a detecção precoce dos riscos que possam ocorrer com a gestação e, por conseguinte, intervenções que podem diminuir a morbimortalidade materna e neonatal.
Apesar da melhora dos índices de mortalidade materna e infantil nas últimas décadas, o número de mortes por prematuridade não aconteceu na mesma proporção, sendo ela responsável por cerca de 70% da mortalidade infantil no Brasil, e no Rio Grande do Norte, quase 80% das mortes em menores de um ano ocorre devido a prematuridade.
No decorrer das minhas atividades profissionais em uma maternidade escola, observei que havia um número importante de mulheres internadas e que tiveram seus neonatos prematuros, tendo surgido o questionamento da pesquisa: quais os fatores relacionados ao parto prematuro em uma maternidade pública? Tem o objetivo geral de identificar os fatores relacionados ao parto prematuro em uma maternidade pública e específicos de estimar a prevalência de partos prematuros, identificar a associação entre os fatores individuais da genitora com a ocorrência do parto prematuro e identificar a associação entre os antecedentes ginecológicos e obstétricos e a ocorrência de partos prematuros.
O estudo é descritivo, analítico, de corte transversal, prospectivo e de abordagem quantitativa; desenvolvido em uma Maternidade Escola da cidade de Natal, com referência para todo estado do Rio Grande do Norte. A amostragem será probabilística e aleatória simples, com base nos dados, considerando o erro de 5%, nível de confiança de 95%, média mensal de partos da MEJC e o período de coleta que será de três meses, a quantidade de puérperas a ser investigada será de 298. Se entrevistará mulheres que seus filhos nasceram entre 20 e 36 semanas de gestação. Se pesquisará diversas variáveis (individuais, características socioeconômicas, fatores de riscos anteriores à gestação, a história reprodutiva e relacionados à gestação atual). Salientando que tal trabalho deve obedecer às normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Depois, os dados serão analisados, com vistas a atingir aos objetivos propostos.