A CRIATIVIDADE SOB O OLHAR DISCENTE: um estudo em Trabalhos Finais de Graduação de projeto arquitetônico
Criatividade; Projeto Arquitetônico; Trabalho Final de Graduação; Percepção Ambiental.
A compreensão contemporânea de criatividade como uma habilidade presente em todos os indivíduos e que pode ser aprendida, treinada e aperfeiçoada através da prática, contribuiu para um crescente interesse pelo tema entre pesquisadores de diversos campos interdisciplinares, e na disseminação de sua discussão a partir de contextos variados. No campo da arquitetura e do urbanismo, embora a literatura sobre a criatividade também siga essa tendência, os estudos ainda exploram pouco a percepção dos estudantes quanto o processo criativo no projeto arquitetônico, especialmente entre aqueles que estão realizando o Trabalho Final de Graduação (TFG). Na condição de uma atividade individual com regulamentação específica para os Cursos de Arquitetura e Urbanismo (CAU) brasileiros, entre as principais exigências do TFG destacam-se as necessidades de acompanhamento continuado por um orientador e participação em atividades avaliativas. Entendendo-se que os aspectos social, físico, temporal e cultural do ambiente influenciam o processo criativo (em suas diversas modalidades), essa dissertação tem como objetivo principal compreender como a criatividade se insere no processo de elaboração dos TFGs de projeto arquitetônico, a partir da percepção de formandos e orientadores do CAU-UFRN. Considerando a complexidade e a flexibilidade da atividade propositiva em AU, a investigação assumiu um caráter exploratório, correspondendo a um estudo de caso que adotou abordagem multimétodos, integrando instrumentos que capturaram o ponto de vista dos participantes (questionário e entrevistas) e noções de percepção ambiental (registros fotográficos e mapa mental). Para esse exame de qualificação foi realizado o préteste do método, que contou com a participação de 10 estudantes. Os resultados parciais já direcionam uma resposta preliminar às questões da pesquisa e à discussão dos objetivos específicos, sobretudo no tocante às percepções dos discentes a respeito das exigências do TFG, e às suas compreensões sobre a criatividade e as influências ambientais sobre ela.