Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA GOMES NEGRÃO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA GOMES NEGRÃO
DATA : 19/03/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Miniauditório do PPGAU/UFRN
TÍTULO:

Componentes arquitetônicos confeccionados com a fibra da folha do abacaxizeiro e resina vegetal


PALAVRAS-CHAVES:

componentes arquitetônicos; painéis de média densidade; compósitos; materiais alternativos; fibra vegetal


PÁGINAS: 119
RESUMO:

A evolução quanto ao uso e desenvolvimento dos materiais de construção e a sua relação com a arquitetura foram significantes para crescimento da população urbana e, consequentemente, das cidades. Ao longo desse processo, o meio ambiente passou a ser gradativamente deteriorado e ameaçado pelos impactos ambientais, uma vez que, ao fenômeno da expansão urbana, está aliado o crescimento do setor industrial. Dentro desse contexto, o crescimento continuado da população urbana levou o ser humano a uma proporcional crescente necessidade de moradias, resultando na insuficiência de habitações. Observa-se, atualmente, a retomada de pesquisas, nos âmbitos nacional e internacional, que buscam materiais alternativos aos tradicionais, com destaque para os resíduos da biomassa, como as fibras e resinas vegetais, na busca por minimizar os problemas supracitados. Esta pesquisa tem como objetivo principal o desenvolvimento e a investigação da viabilidade de uso de chapas aglomeradas de fibra da folha do abacaxizeiro – FFA – e resina vegetal para a confecção de componentes arquitetônicos, tais como, forro, painéis de vedação, divisórias e pisos. Verifica-se, no Brasil, o crescimento de pesquisas com estas características, pelo fato de ser um país com uma extensa cobertura vegetal voltada para o cultivo de produtos agrícolas, que geram significativas quantidades de resíduos da biomassa. Em relação ao abacaxizeiro, o país supracitado é um dos maiores produtores e exportadores no cenário mundial, sendo que os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte estão entre os maiores produtores nacionais. Quanto às fibras vegetais, uma das características mais destacadas pelos pesquisadores, que a torna competitiva em relação à fibra sintética, é a sua baixa densidade – cerca de duas vezes inferior a da fibra de vidro, por exemplo –, que associada a sua natureza não abrasiva, permite a incorporação de uma maior fração de reforço no material, conduzindo a obtenção de propriedades mecânicas superiores, e compondo produtos mais leves. Sendo assim, para o desenvolvimento desta pesquisa, procurou-se organizá-la em três etapas: Etapa I: Aprofundamento e atualização do conteúdo teórico e documental relacionado ao tema em estudo, e sistematização e análise do material coletado; Etapa II: Procedimento experimental: moldagem dos compósitos e realização dos ensaios; e Etapa III: Análise da viabilidade de uso dos compósitos para confecção de componentes arquitetônicos. Para a confecção dos compósitos foram consideradas quatro variações do teor de fibras – 0%, 15%, 30% e 40%. Após o processo de moldagem, que ocorreu por compressão e à temperatura ambiente – objetivando uma aproximação com o ciclo de produção adotado na indústria, porém, adaptado para o ambiente laboratorial, foram realizados os ensaios físicos – teor de umidade, absorção de água e inchamento em espessura –, ensaios mecânicos – flexão, compressão, tração e impacto –, microestrutural – MEV – e análise térmica – DTG. Como resultados parciais, deve-se apontar que se verificou uma crescente nos valores encontrados, quando considerados os teores de FFAs nos compósitos, ou seja, compósitos com maiores quantidades de fibras apresentaram maiores resistências mecânicas, porém, maiores índices de retenção de umidade, absorção de água e inchamento em espessura. Após a análise dos resultados, foram estudadas as viabilidades de uso do material desenvolvido, a partir de comparativos com documentos normativos nos âmbitos nacional e internacional, e produtos inseridos no mercado. Desta forma, como resultado parcial, os compósitos desenvolvidos – teores de 15%, 30% e 40% – apresentaram viabilidade de uso em painéis compósitos de média densidade, direcionados para o uso interno em divisórias, painel de revestimento e mobiliários. Diante do exposto, pode-se apontar que os materiais formados por fibras e resinas vegetais constituem, na atualidade, uma das maiores áreas de interesse na pesquisa de materiais compósitos. Este interesse intensificou-se devido às exigências das autoridades legislativas quanto ao uso e destino final de fibras sintéticas e resinas derivadas do petróleo, e a maior conscientização dos consumidores sobre a necessidade de preservação do meio ambiente e fontes naturais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1694892 - EDNA MOURA PINTO
Externo à Instituição - EDVALDO AMARO SANTOS CORREIA - IFPB
Externo à Instituição - LUCINEIDE BALBINO DA SILVA - UFPB
Interno - 1298938 - MAISA FERNANDES DUTRA VELOSO
Externo ao Programa - 3217842 - MARCOS SILVA DE AQUINO
Interno - 347627 - VIRGINIA MARIA DANTAS DE ARAUJO
Notícia cadastrada em: 06/03/2018 13:06
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