PROJETANDO NO SILÊNCIO: ESTRATÉGIAS PARA PROJETOS PARTICIPATIVOS COM PESSOAS SURDAS
Projeto participativo, pessoas surdas, projeto de arquitetura, acessibilidade.
No Brasil o tema da inclusão social e ambiental de pessoas com deficiência vem sendo amplamente discutido nas mais diversas áreas. Na arquitetura esse debate tem sido atrelado ao conceito de Desenho Universal (base para a garantia de acessibilidade ao ambiente físico e a busca de soluções adequadas à diversidade humana) e a estratégias que promovam a maior participação dos usuários no processo projetual. No tocante ao projeto participativo destaca-se a necessidade do profissional dominar técnicas para apresentar suas propostas de forma compreensível para o cliente, sejam quais forem as limitações dessa pessoa. Inserindo-se nesta questão, esta pesquisa investiga um método para facilitar a comunicação entre o projetista e o usuário surdo (cujas maiores limitações são justamente no campo da comunicação interpessoal), a fim de possibilitar que: (i) o primeiro compreenda a relação das pessoas surdas com o ambiente construído; (ii) o segundo entenda a proposta projetual e participe ativamente do processo de sua elaboração. Teoricamente o trabalho se apoia nos conceitos de Projeto Participativo, Desenho Universal e DeafSpace e, empiricamente, se baseia em uma simulação com modelo físico tridimensional a ser manipulado por pessoas surdas, e que foi acompanhada por entrevistas e observações. Apresentado ao exame de qualificação, este documento expõe resultados parciais do estudo piloto, em especial quanto a avaliar-se a aplicação dos instrumentos e metodologias. Os resultados apontam para a eficácia da metodologia utilizada, embora verifique-se a necessidade de fazer ajustes na maquete, a ser (talvez) complementada pelo uso de tecnologia de Realidade Virtual.