Banca de DEFESA: SUEDSON DE CARVALHO SILVA RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SUEDSON DE CARVALHO SILVA RODRIGUES
DATA : 22/07/2019
HORA: 09:00
LOCAL: a definir
TÍTULO:

ESTUDOS ESTRUTURAIS E BIOLÓGICOS DE PEPTÍDEO DERIVADO DA STIGMURINA, STIGA15 E DE INTERAÇÃO COM MEMBRANAS BIOMIMÉTICAS


PALAVRAS-CHAVES:

Peptídeo antimicrobiano, interação peptídeo-membrana, relação estrutura atividade


PÁGINAS: 90
RESUMO:

Devido ao amplo espectro de atividades biológicas relatadas na literatura para peptídeos presentes na peçonha de escorpiões, tem sido observado um aumento nos estudos dessas moléculas, principalmente os peptídeos antimicrobianos, que são investigados como alternativas estratégicas para enfrentar problemas como a resistência a antibióticos convencionais. Sabe-se que o mecanismo de ação de peptídeos antimicrobianos ocorre, em grande parte, pela interação com a membrana do microrganismo, causando desestabilização da bicamada lipídica, resultando na formação de poros, o que leva à lise celular. Entretanto, os detalhes dessas interações ainda não são totalmente conhecidos e podem variar significativamente de peptídeo para peptídeo, com isso, estudos da interação peptídeo-membrana com meios biomiméticos fazem-se necessários. O presente trabalho propôs a síntese e caracterização de um potencial peptídeo bioativo, denominado StigA15. Esse peptídeo foi arquitetado a partir da sequência primária da Stigmurina, peptídeo antimicrobiano originalmente isolado da espécie Tityus stigmurus. A StigA15 foi obtida por síntese de peptídeos em fase sólida. Foram então empregadas como ferramentas principais de investigação a Calorimetria de Titulação Isotérmica (ITC) e as espectroscopias de Dicroísmo Circular (CD) e Ressonância Magnética Nuclear (RMN) para o peptídeo análogo. Todos esses experimentos foram desenvolvidos em meios que mimetizam os ambientes de membranas. Para o peptídeo StigA15, observou-se que a substituição por duas lisinas carregadas, resultou no aumento na atividade contra bactérias Gram-positiva e negativa e fungos, sendo a StigA15 mais ativa para essas cepas do que o peptídeo nativo. Segundo estudos preliminares, identificou-se que o StigA15 possui um maior momento hidrofóbico e que por isso poderia se inserir mais na superfície da membrana e interagir de maneira mais efetiva do que a Stigmurina. Pode-se observar uma seletividade para o peptídeo StigA15, por apresentar uma taxa de hemólise baixa nas concentrações ativas contra o microrganismo. Isso foi confirmado por estudos de ITC que demonstraram a maior interação de StigA15 em vesículas aniônicas do que em vesícula zwitteriônicas. Verificou-se por espectroscopias de CD e RMN que o peptídeo se estrutura em a-hélice quando em contato com meios miméticos de modelos de membranas. Além disso, foi comprovado por RMN uma alta anfipacidade da StigA15 o que, juntamente com sua carga líquida positiva (+4), é propriedade bastante recorrente em peptídeos com significativa atividade antimicrobiana. Portanto, é apresentado um peptídeo inédito com alto potencial biotecnológico.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EDILBERTO ROCHA SILVEIRA - UFC
Interno - 1803692 - FABRICIO GAVA MENEZES
Presidente - 1569526 - RENATA MENDONÇA ARAUJO
Notícia cadastrada em: 10/07/2019 16:21
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