Banca de QUALIFICAÇÃO: RUSCELI DIEGO DE ARAUJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RUSCELI DIEGO DE ARAUJO
DATA : 17/08/2017
HORA: 09:30
LOCAL: Auditório do laboratório de Química 3
TÍTULO:

Investigação Química e Biológica de Eugenia luschnathiana: toxidade, perfil antioxidante e triterpenos
Oleanano e Ursano


PALAVRAS-CHAVES:

Atividade antioxidante; toxidade; oleanano; ursano


PÁGINAS: 170
RESUMO:

Desde a antiguidade as plantas têm se mostrado como uma rica fonte das mais diversas substancias com esqueletos químicos e propriedades
biológicas diversas. A sua utilização na medicina popular na forma de chás, unguentos e infusões é disseminada pelo mundo, ao ponto de em certos países
subdesenvolvidos esta ser uma das principais formas de tratamento. Dentre inúmeras famílias pertencentes ao reino vegetal podemos destacar a família
Myrtaceae. Ela se enquadra no grupo das 10 maiores famílias de angiospermas do mundo e diversos estudos já foram realizados com gêneros pertencentes a
esta família. Dentre estes gêneros destaca-se o gênero Eugenia, que assim como outros da família, se desenvolvem bem em regiões de clima tropical como
América do Sul e Ásia. Atividades diuréticas, anti-inflamatórias, microbicida, combate ao diabetes, dentre outras já foram relatadas para o gênero, tanto que
algumas espécies foram selecionadas pelo programa Renisus, como plantas alvo de estudos químicos e biológicos. A literatura relata o gênero como fonte de
estruturas químicas pertencentes às classes dos flavonoides, cumarinas, derivados do floroglucinol, taninos e terpenos, representando assim uma rica fonte
dos mais diversos metabólitos secundários. Dessa forma o presente trabalho propõe a investigação química e biológica de Eugenia luschnathiana, espécie na
qual ainda não há relatos de estudo fitoquímico na literatura. A avaliação da atividade antioxidante frente ao radical DPPH dos extratos etanólicos da folha
(ELFE) e caule (ELCE) e frações hexânicas (H), clorofórmica/diclorometanólicas (C)/(D), acetado de etila (AcOEt) e resíduo hidroalcoólico (HA)
apresentaram boas atividades, onde podemos destacar as frações ELCE-AcOEt e ELCE-HA com concentrações de CI 50 = 59.755±0.756 µg/mL e
37.451±0.001 µg/mL respectivamente. Das folhas podemos apontar a fração ELFE-AcOEt e também o decoto (ELD) com valores CI 50 = 56.913±0.164
µg/mL e 66.114±0.052 µg/mL respectivamente. O ensaio de toxidade frente ao microcrustáceo A. salina mostrou que todas as frações são atóxicas, o que
ressalta a possível utilização desta planta na medicina popular. Contudo o óleo essencial mostrou-se altamente tóxico com concentração de 0.00702 µg/mL.
As análises de CG-MS do óleo essencial, assim como dos compostos saponificáveis e insaponificáveis permitiram a identificação de 25 moléculas para o
óleo, apresentando uma composição majoritária de sesquiterpenos oxigenados e não oxigenados; 23 compostos saponificáveis e 26 insaponificáveis,
comprovando a riqueza lipídica presente na planta. Os procedimentos cromatográficos realizados com o caule permitiram o isolamento do triterpeno de

esqueleto oleanano, ácido arjunólico (EL-1), e por meio de reação de acetilação seu derivado acetilado (EL-2). Das folhas foram isolados uma mistura
contendo os ácidos oleanóico e o majoritário ácido ursólico (EL-3). Além do inédito no gênero Eugenia o ácido 3-p- cumaroil-tormentico, de esqueleto do
tipo ursano. Mais estruturas com perfil triterpenico ou esteroidal estão em fase de caracterização, confirmando assim o presente gênero como fonte deste tipo
de metabólitos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1569330 - GRAZIELLE TAVARES MALCHER
Presidente - 1569526 - RENATA MENDONÇA ARAUJO
Externo à Instituição - ROSA VIRGÍNIA SOARES MAMEDE - UESPI
Notícia cadastrada em: 14/08/2017 20:38
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