Prevalência da síndrome metabólica e seus componentes nos estágios pubertários de crianças e adolescentes do nordeste brasileiro.
Síndrome metabólica, Estágios pubertários, Fatores de risco.
Objetivo: Analisar a prevalência da síndrome metabólica (SM) e seus componentes nos estágios pubertários em crianças e adolescentes utilizando os critérios da IDF.
Métodos: Estudo transversal com 449 escolares feminino de 8 a 19 anos da rede pública de ensino do nordeste brasileiro, estratificadas mediante os estágios de Tanner. A prevalência da SM e seus componentes foram analisados nos estratos por meio da distribuição de frequências e os respectivos intervalos de confiança de 95%.
Resultados: A prevalência geral de SM foi 3,3% (IC: 2% - 5%), com 2,5% (IC: 0,1% - 5%) no estágio púbere e 7,9% (IC: 3,2% - 12,6%) no pós-púbere e sem ocorrências no pré-púbere. Observa-se associação (p<0,02) dos estágios pubertários com SM e a mesma (x2=5,2), com a RC de 3,3 (IC: 1,2–5) mostrando adolescentes pós-púberes mais propensas a SM, enquanto aquelas com obesidade a RC é de 2,1 (IC: 2–2,2). O IMC (x2 = 29,4; p<0,001) e as faixas etárias (x2 = 13,1; p<0,001) mostram associação linear significativa com a SM. Sujeitos com idade menor de dez anos apresentam maiores %G entre aqueles com SM, proporcionando a maturação precoce destes. O colesterol HDL baixo (39,6% [IC 35% – 44%]) e a circunferência da cintura alterada (27,2% [IC 23% – 31%]) são os componentes mais prevalentes nos estágios pubertário, com o HDL baixo e a hipertensão apresentando diferenças significativas no estágio pós-púbere.
Conclusão: A SM surge nos estágios pubertários proporcionalmente ao excesso de gordura corporal já a partir da infância, fator que demanda estratégias de prevenção.