Banca de DEFESA: IVONE BRAGA ALBINO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : IVONE BRAGA ALBINO
DATA : 07/12/2017
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório DPP
TÍTULO:

Construção de Sentidos em Língua Brasileira de Sinais (Libras): uma análise contrastiva entre falantes surdos e falantes ouvintes


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Libras. Linguagem e cognição. Frames. Metáfora. Narrativa


PÁGINAS: 205
RESUMO:

 

Esta tese tem como objetivo investigar o modo como surdos falantes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) constroem sentidos, tomando por base a Linguística Cognitiva, e dentro desse campo, a Teoria Neural da Linguagem. Em consonância com os pressupostos teóricos, utilizamos as noções de categorização (LAKOFF, 1987; DUQUE, 2001, 2002); corporalidade (LAKOFF e JOHNSON, 1999; DUQUE e COSTA, 2011, 2012; BERGEN, 2008); e narrativa (DUQUE, 2012; LAKOFF, 2008). Além disso, apresentamos categorias analíticas como esquemas-I (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987); esquemas-X (FELDMAN, 2006); frames (FILLMORE, 1976, 1982; DUQUE, 2015); metáforas conceptuais e metonímia (LAKOFF e JOHNSON, 1999, 1980, 2002; GIBBS, 1994, 1999, 2005) em Libras. A tese defendida é a de que a construção de sentidos em narrativas por falantes surdos de Libras está atrelada a processos cognitivos relacionados a ações e percepções no mundo. Desse modo, a linguagem não está dissociada de processos criadores, que refletem, portanto, os processos gerais do pensamento elaborados pelos indivíduos quando criam seus significados e os adaptam a contextos diferentes de interação com outros indivíduos. O corpus utilizado na pesquisa é constituído por vídeos de falantes surdos de Libras (grupo experimental) e de falantes ouvintes de Libras (grupo de controle), e o estudo é de natureza qualitativa, pautado na metodologia empírica quasi-experimental (MONTERO; LEON, 2007). As análises de dados apontam para a existência de padrões referentes ao modo particular com o qual os surdos falantes de Libras compreendem suas relações com o mundo e conceitos específicos, cognitivamente construídos, utilizando a língua visuomotora. A ativação de circuitos neurais corrobora as hipóteses de que os surdos falantes de Libras exploram mais o campo visual; agregam outros aspectos perceptuais relacionados à forma e ao movimento dos objetos (ordenação espacial, foco e atenção); os indexadores linguísticos (sinais) acionam esquemas- I e esquemas-X, frames, e o próprio sinal tem base metafórica e/ou metonímica.  A vertente de análise crítica acerca do modo como ocorrem cognitivamente os sinais em seus falantes sugere que, no ensino de Libras, sejam considerados os mecanismos de ativação de processos cognitivos durante a sinalização da língua, cujas experiências se efetivam em ambiente não-auditivo.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1804066 - JOSE EDMILSON FELIPE DA SILVA
Externo à Instituição - LODENIR BECKER KARNOPP - UFRGS
Presidente - 1675404 - PAULO HENRIQUE DUQUE
Externo à Instituição - RICARDO YAMASHITA SANTOS - UNP
Externo à Instituição - SOLANGE COELHO VEREZA - UFF
Notícia cadastrada em: 09/11/2017 10:12
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