Banca de QUALIFICAÇÃO: LUANA ISABELLE CABRAL DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA ISABELLE CABRAL DOS SANTOS
DATA: 06/08/2012
HORA: 09:00
LOCAL: auditorio de psicologia
TÍTULO:

JUVENTUDE EM FOCO: A RELAÇÃO JUVENTUDE E TRABALHO NO PROJOVEM URBANO


PALAVRAS-CHAVES:

projovem urbano; juventude; trabalho; política pública


PÁGINAS: 78
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A juventude é o grupo social que mais se expõe e é exposto a fatores de risco, tais como: falta de acesso e/ou precariedade do sistema escolar público; desemprego; envolvimento em casos de violência e acidentes de trânsito. Foi com base em um diagnóstico sobre a situação juvenil – organizado, em 2004, por um grupo interministerial que reunia dezenove ministérios e que estava sob a coordenação da Secretaria Geral da Presidência da República – que algumas problemáticas da juventude passaram a repercutir de forma mais preocupante, exigindo ações mais efetivas do governo. Em 2005 é criada a Secretaria Nacional de Juventude – com a missão de articular as políticas desenvolvidas pelos diferentes ministérios; o Conselho Nacional de Juventude (CNJ) – órgão de articulação entre o Estado e a sociedade civil e o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) que é o principal programa de operacionalização da política pública voltada para a juventude. Em 2008, o ProJovem se divide em quatro modalidades: Adolescente – serviço socioeducativo, Urbano, Trabalhador e Campo – saberes da terra, garantindo aos jovens das camadas populares a possibilidade de sair da condição de vulnerabilidade na qual eles se encontravam. O objetivo deste trabalho é discutir como a relação juventude-trabalho se insere e é operacionalizada no ProJovem Urbano – município de Natal/RN. O ProJovem Urbano (PJU) surge originalmente como ProJovem, em 2005, dentro da perspectiva de atender uma população de 18 a 24 anos que até então era pouco contemplada pelas políticas específicas. O Programa atua no campo da educação – por meio do aumento da escolaridade; do trabalho – através da qualificação profissional e da ação comunitária, expandindo a faixa etária atendida para jovens até 29 anos, em um período de dezoito meses. No município de Natal, atualmente, o PJU conta com três núcleos, sendo 2 na zona norte e 1 na zona leste, atendendo 600 jovens – 200 em cada núcleo, distribuídos em cinco turmas. Para responder aos objetivos propostos foi elaborada uma estratégia metodológica que se divide em dois blocos, no primeiro, foi realizado um levantamento dos documentos oficiais, materiais pedagógicos e manuais de orientação que apontam as diretrizes de atuação do Programa, as metas e objetivos; o segundo momento, caracteriza-se por uma imersão maior no campo por meio de entrevistas semiestruturadas com a gestão, na qual serão abordadas questões acerca da implantação e funcionamento do PJU, além de grupos focais com educadores dos três núcleos com a finalidade de entender como a relação juventude-trabalho é operacionalizada no cotidiano do Programa. Essas informações serão complementadas com observações sistemáticas e o registro em um diário de campo. Os procedimentos éticos serão seguidos em todas as etapas a partir da carta de anuência, na qual a pesquisadora é autorizada a realizar o trabalho nos núcleos do PJU e dos Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLEs), devidamente assinados pelos participantes. Os dados serão analisados qualitativamente à luz da teoria marxiana, com o auxílio do Método Comparativo Constante, que é baseado na Teoria Fundamentada, possibilitando compreender o significado dos fenômenos sob a perspectiva dos participantes. Já foi possível uma aproximação com o campo a partir da leitura dos documentos oficiais que regulamentam o Programa e que contêm a proposta pedagógica e programática do mesmo, além de entrevistas exploratórias com a coordenação municipal do Programa. Nessas incursões algumas problemáticas puderam ser identificadas, como uma crescente evasão dos usuários, o que nos leva a questionar se as práticas e atividades propostas pelo Programa conseguem, de fato, proporcionar uma educação formal de qualidade que unida à ação comunitária e à qualificação profissional sejam capazes de promover a autonomia dos sujeitos atendidos? Outra problemática que surge é a respeito da meta do PJU, enquanto que em 2010-2011 existiam 18 núcleos, atendendo cerca de 3600 jovens, em 2012, a meta de jovens usuários sofreu uma drástica diminuição, passando para três núcleos, atendendo apenas 600 jovens. Essa situação nos leva a refletir e discutir sobre: quais as dificuldades de operacionalização do PJU? Quais propostas as novas reformulações trazem? Há mudanças nos objetivos do Programa? E, por fim, que impactos ou refrações essa nova proposta traz aos seus usuários? Os atrasos e dificuldades no andamento da presente pesquisa refletem a situação na qual o PJU se encontra, isto é, uma crônica dificuldade de operacionalização das suas atividades e certa morosidade no processo que configura o início das atividades, problemáticas que envolvem tanto a gestão municipal quanto federal e que se transferem de Programa a Programa sem soluções eficazes.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARIO SERGIO VASCONCELOS - UNESP
Externo à Instituição - NADIA MARIA RIBEIRO SALOMÃO - UFPB
Notícia cadastrada em: 02/08/2012 17:41
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