Banca de DEFESA: ANTONIO LUIZ DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANTONIO LUIZ DA SILVA
DATA : 25/06/2018
HORA: 14:00
LOCAL: a definir
TÍTULO:

‘Meninos Danados’: Uma etnografia interpretativa da infância sertaneja que inclui a participação política das crianças de Catingueira – PB.


PALAVRAS-CHAVES:

Crianças; Participação Política; Infância; Etnografia; Sertão.


PÁGINAS: 281
RESUMO:

Na qualidade de pertencentes ao gênero humano, como os demais elementos dessa espécie, as crianças são seres universais. Elas são parte integrantes da estrutura da vida comunitária em diferentes sociedades ao redor do mundo. Suas infâncias são vividas de modos coletivos no bojo da geracionalidade. Assim, inseridas no jogo etário/geracional, elas estão envolvidas nos mais variados enredos familiares, culturais e sociais humanos. Por isso, mesmo na infância, é correto pensar que as crianças participam de maneira política, influenciando, sendo influenciadas, constrangendo, sendo constrangidas, determinando e sendo determinada pelas circunstâncias territoriais, históricas, materiais, subjetivas, etc. As crianças também são sujeitos da/na história, embora nem sempre assim sejam vistas. E mesmo que elas furem o cerco, há um esforço adultocentrado permanente que tenta invisibilizá-las tanto de maneira física quanto política. Pondo-me na contramão desse movimento, tentando contribuir para o processo de desocultação das crianças, neste trabalho objetivo mostrar uma pequena parte da infância sertaneja contemporânea, desnudando nela a participação das crianças em Catingueira - PB. Fundamento esta mirada, de modo mais focado, nos Estudos da criança e/ou da Infância. Esse campo de estudo interdisciplinar, via de regra, entendendo as crianças como seres de direitos, acredita na agência infantil e no protagonismo social das crianças. Defende que, dentro de sua medida de conhecimento, de sua condição etária/geracional, em meio aos seus condicionamentos históricos, as crianças são capazes de contribuir com leituras críticas das sociedades e comunidades às quais pertencem, como todos os demais membros de seus grupos. No percurso feito, adotei como caminho metodológico a Etnografia. A duração investigativa se estendeu num arco intervalar que vai de 2014 até 2017, tanto com contatos virtuais quanto com visitas regulares ao campo de pesquisa, em tempos fortes, como a Festa do Padroeiro, o Tempo da Política, O João Pedro, e nos tempos comuns do calendário local. Para acesso às informações, utilizei recursos técnicos tais como: diário de campo, diário sonoro, observação participante, observação flutuante, observação em movimento, retratos, conversas informais, entrevistas gravadas com roteiro não estruturado, leituras de periódicos jornalísticos eletrônicos locais. Do ponto de vista prático, embora tenha visitado igreja, famílias, escolas, o grosso do trabalho foi realizado no meio da rua, em praças, calçadas, beira de campo de futebol, terreiro de igreja, procissões, passeatas políticas, etc. Daquilo que me foi possível perceber, destaco que a infância no Sertão se encontra no roteiro das transformações humanas, não podendo ser considerada como realidade imutável, perene ou eterna. As crianças, como serão mostradas, estão em movimento, dando a sua contribuição às diferentes esferas da vida municipal, tanto no âmbito doméstico, quanto em ambiências públicas. Elas participam da vida comunitárias discutindo temas os mais variados, contribuindo economicamente, se auto-expondo e ocupando espaços sociais, participando em ações políticas comunitárias, tanto as que os adultos organizam quanto as que elas próprias fazem, mesmo sendo objetos de controle adultos, acusadas de danadas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2177480 - HERCULANO RICARDO CAMPOS
Interno - 1205730 - ISABEL MARIA FARIAS FERNANDES DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - MARCIA REIS LONGHI - UFPB
Interno - 1196207 - RAQUEL FARIAS DINIZ
Externo à Instituição - SÔNIA MARGARIDA GOMES SOUSA - PUC-Goiás
Notícia cadastrada em: 16/05/2018 10:31
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