Caracterização e composição da biomassa e extratos tanantes de Protium heptaphyllum (Aubl.) March
Burseraceae, taninos, FTIR, farmacologia, amescla.
Protium heptaphyllum (AUBL.) March é uma espécie nativa do Brasil com
propriedades medicinais e com potencial farmacológico, e os taninos vegetais são
compostos secundários que atuam no tratamento de diferentes doenças. O objetivo do
trabalho foi avaliar as características e composição das casca, folha e fruto da espécie, e
também a quantidade de taninos existente em cada estrutura. Foi determinado o teor de
umidade, teor de cinzas, teor de voláteis e carbono fixo, como também, quantidade de
proteína bruta, hemicelulose, lignina e celulose. Depois, foram obtidos extratos
tanantes, avaliando nas amostras a quantidade de sólido totais, Índice de Stiasny, taninos
condensados e não taninos. Também foi realizada a análise termogravimétrica e
espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) da biomassa e
extratos tanantes. A análise da casca apresentou maior teor de umidade e cinzas. A
estrutura foliar foi a que obteve maior quantidade de voláteis, e o fruto maior teor de
carbono fixo. A folha é a estrutura que tem mais proteína bruta e hemicelulose, e o teor
de lignina foi maior na casca. A quantidade de celulose é estatisticamente igual para as
três estruturas. Foi observado que o fruto contém maior quantidade de sólidos totais,
taninos condensados e não taninos, já a casca e folha são estruturas que possuem
igualmente maior valor no Índice de Stiasny. Os extratos tanantes apresentaram perda
de massa diferente da biomassa, e acima de 900 °C, o fruto possui característica térmica
diferente da casca e folha. A espectroscopia mostra que a biomassa e extratos tanantes
das três estruturas são semelhantes.