Banca de DEFESA: HERBERT EMMANUEL LIMA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HERBERT EMMANUEL LIMA DE OLIVEIRA
DATA : 26/06/2019
HORA: 14:30
LOCAL: a definir
TÍTULO:

ENERGIA EÓLICA EM CONFLITO: Atores e disputas territoriais na construção de parques eólicos em comunidades do Rio Grande do Norte, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

ENERGIA EÓLICA, IMPACTOS AMBIENTAIS, CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

No Brasil, o estado do Rio Grande do Norte tem-se notabilizado nos últimos dez anos, pela crescente ascensão da exploração de energia eólica. O discurso oficial dá conta que os ventos do litoral são o motor que impulsionam o desenvolvimento local e regional, através da atividade, de forma “limpa” e sustentável. Geram ao mesmo tempo emprego e renda, aliada à ideia do mínimo impacto ambiental e do mínimo de externalidades negativas. A literatura sobre presença de empreendimentos de energia eólica, principalmente a que mostra a experiência europeia, aponta para outra perspectiva. Ou seja, para a existência de efeitos e impactos negativos nos locais de instalação dos parques eólicos, nomeadamente, gerando disputa com outras atividades econômicas como o turismo e a pesca, e com fortes impactos sociais e ambientais, como sejam a alteração da dinâmica das comunidades localizadas próximas, a degradação e supressão da paisagem, e o impacto direto sobre fauna e flora. Também no Rio Grande do Norte se têm feito sentir esses impactos, os quais estão na origem de conflitos de natureza socioambiental causados pela inserção de empreendimentos eólicos em vários municípios, acentuando a disputa pela ocupação da terra. Sob a perspectiva de alguns teóricos esses conflitos eclodem no momento em que a comunidade ou grupos de interesse social atuam na defesa pela utilização do espaço que sempre utilizaram, entrando em disputa contra essa ocupação e contra a ocorrência de efeitos não desejados dessa atividade sobre o ambiente. Ou seja, ocorrem quando uma prática de uma comunidade é ameaçada por impactos negativos ocasionados pela instalação de torres eólicas. Destaca-se nesse sentido, os conflitos ambientais num contexto tradicionalmente caracterizado por relações clientelares e de controle da terra e do poder, o que pode configurar uma nova abordagem do conflito das eólicas, não contra a sua instalação, mas pela pressão no sentido de se localizar em espaços de proprietários mais influentes, que através das eólicas podem garantir uma renda extra. Em síntese objetiva identificar os atores envolvidos, tratar sobre a especificidade destes conflitos e a visibilidade que tomam na agenda pública.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOÃO FRANCISCO CHARRUA GUERRA
Interno - 1958900 - FABIO FONSECA FIGUEIREDO
Presidente - 3061264 - JOSÉ GOMES FERREIRA
Externa ao Programa - 6349964 - MARISE COSTA DE SOUZA DUARTE
Notícia cadastrada em: 13/06/2019 16:19
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