Banca de QUALIFICAÇÃO: LÍVIAN RAFAELY DE SANTANA GOMES PINHEIRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LÍVIAN RAFAELY DE SANTANA GOMES PINHEIRO
DATA : 23/02/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Plataforma Google Meet (https://meet.google.com/ydy-rgia-npv)
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DE RISCO COSTEIRO POR FATORES CLIMÁTICOS EM PRAIAS URBANAS DO NORDESTE BRASILEIRO


PALAVRAS-CHAVES:

Eventos Extremos; Desastre Costeiro; Erosão; Inundação; Distribuição Generalizada de Pareto; SMC-Brasil; Fluxo Médio de Energia de Ondas


PÁGINAS: 112
RESUMO:

A intensa urbanização não planejada nas zonas costeiras ocasiona desastres ambientais, pela interação entre agentes meteoceanográficos e atividades humanas, impactando populações e ecossistemas frágeis. Sucessivos eventos de erosão e inundação vêm danificando estruturas no litoral do Rio Grande do Norte (RN), Nordeste do Brasil, prejudicando infraestruturas, populações tradicionais e ecossistemas sensíveis, como estuários, manguezais e restingas. A área de estudo é o Litoral Oriental do RN, com ênfase nas praias urbanas de Ponta Negra-Via Costeira, município de Natal, e de Barra de Maxaranguape, município de Maxaranguape. O objetivo é avaliar o risco à erosão e inundação por galgamento do mar sobre as estruturas das praias supracitadas. Séries temporais de vento, precipitação, maré e ondas foram obtidas de 1979 a 2021, de satélites altimétricos AVISO, das reanálises ERA5 e Wavewatch III, além de estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia e da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte. Foi ajustada Distribuição Generalizada de Pareto (GPD) à altura significativa de onda (Hs) e eventos de precipitação. Registros de desastres no litoral oriental do RN foram coletados na mídia online local. Ondas ao largo (offshore) foram propagadas até a linha de costa de Barra de Maxaranguape com Modelo SMC-Brasil. Na plataforma continental oriental do RN, ondas alcançaram Hs máximo de 3,30 m e média de 0,76 m, vindas de leste-sudeste e sudeste. Inverno e primavera apresentaram ondas mais altas, relacionadas a ventos alísios. O ajuste GPD estimou Hs até 2,7 vezes acima da média, a cada 10 anos. A intensificação da velocidade do vento foi mais importante na formação de ondas extremas que seu valor escalar. Na região offshore, Hs teve máximos no mesmo dia ou um-dois dias antes de desastres na costa, indicando que tempestades marítimas alcançam rapidamente a linha de costa. Em Barra de Maxaranguape, a cada 10 anos, é provável ocorrer ao menos uma precipitação igual ou superior a 138,71 mm. Na região, os depósitos de tálus presentes na face de praia atenuam a energia das ondas incidentes. A Ponta Gorda recebe as maiores ondas e, consequentemente, as condições mais energéticas de mar. No trecho urbanizado de Barra de Maxaranguape, o fluxo médio de energia de onda atinge até 2.08 x 104 J/ms, com tendência de aumento desde a década de 70. As próximas etapas desta pesquisa compreendem análise probabilística de cota de inundação e mapeamento do risco costeiro na área de estudo.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - ***.819.324-** - JULIO ALEJANDRO NAVONI - UFRN
Externa ao Programa - 1222082 - ADA CRISTINA SCUDELARI - UFRNExterno ao Programa - 350698 - VENERANDO EUSTAQUIO AMARO - UFRNExterno à Instituição - JOSICLÊDA DOMICIANO GALVÍNCIO - UFPE
Notícia cadastrada em: 15/02/2023 15:06
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