Desempenho de ovinos alimentados com palma forrageira e fenos de leguminosas em confinamento
alimentos, nutrição, produção animal, ruminantes, semiárido
Objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito da associação da palma forrageira a fenos de leguminosas em sistemas de ovinos de corte em confinamento. O experimento foi realizado na unidade experimental do Grupo de Estudos em Forragicultura (GEFOR) da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias (UAECIA), campus Macaíba/UFRN. Foram utilizados 24 ovinos sem raça definida com peso médio inicial de 21,38kg distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e seis repetições. Os animais foram alojados em baias individuais para acompanhamento de ganho de peso, medição de consumo alimentar, predição do consumo de matéria seca e nutrientes, e digestibilidade aparente dos nutrientes. Os animais foram pesados semanalmente. As dietas foram compostas por quatro tratamentos, sendo estes representados pelos diferentes tipos de fenos de leguminosas associados à palma: T1: palma forrageira + feno de catanduva; T2: palma forrageira + feno de sabiá; T3: palma forrageira + feno de catingueira; T4: palma forrageira + feno de gliricídia; todos os tratamentos receberam concentrado formulado com farelo de soja e sal mineral com a intenção de tornar as dietas isonitrogenadas e atender as necessidades minerais dos animais. O alimento era fornecido duas vezes ao dia na forma de mistura completa, sendo 50% ofertado de manhã e 50% à tarde com nível de sobras de 10%. O final do experimento aconteceu quando completados 60 dias. Observou-se efeito do tratamento (P<0,05) sobre os consumos de matéria seca (CMS), CMS como porcentagem de peso vivo e CMS em função do peso metabólico, com maior média para o tratamento com palma + feno de catanduva. Os ganhos de peso médios diários observados foram de 243,0; 225,0; 221,0 e 211,0 g/dia para os tratamentos 1, 2, 3 e 4 respectivamente. Não foi observada influência dos tratamentos sobre o peso final (33,19kg), ganho de peso total (11,83kg), ganho de peso médio diário (225,0 g/dia), ganho de peso ponderal (196,0 g/dia), conversão alimentar (6,48) e eficiência alimentar (16,04%). Com a obtenção completa dos dados espera-se responder qual (ou quais) associação propiciará melhor desempenho animal e assim poder sugerir ao produtor fontes alimentares alternativas de grande adaptação ao semiárido, que na maioria das vezes estão presentes nas propriedades e o mesmo desconhece seus reais benefícios.