Banca de QUALIFICAÇÃO: ELAINE CRISTINA RODRIGUES DO NASCIMENTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELAINE CRISTINA RODRIGUES DO NASCIMENTO
DATA : 27/09/2018
HORA: 11:00
LOCAL: Sala de Reuniões, CB
TÍTULO:

FLOCULAÇÃO DE MICROALGAS COM AGENTES NATURAIS E CONHECIMENTO DE ALUNOS - ÁREA BIOCOMBUSTÍVEIS - SOBRE O TEMA


PALAVRAS-CHAVES:

Biomassa, Sustentabilidade, Conhecimento


PÁGINAS: 42
RESUMO:

Diante da crise ambiental vivenciada atualmente e projetada para o futuro, busca-se aliar o crescimento econômico dos países com a proteção ambiental. A utilização de organismos vivos no combate à degradação, remoção de poluentes e geração de renda vem crescendo nos últimos anos. Neste contexto, estão inseridas, por exemplo, as microalgas, este termo geral sem valor taxonômico, se aplica a microorganismos fotossintetizantes eucariontes ou procariontes. Por se mostrarem versáteis, as microalgas têm sido estudadas devido ao seu potencial ecológico, econômico e nutricional e as técnicas de cultivo destes organimos têm sido objeto de crescente investigação. Ao final do cultivo, as microalgas necessitam ser concentradas e separadas do meio de cultura, esta é uma fase com alguns entraves que requer altos custos e mais investimento científico, pois, não há um método universal para a coleta de biomassa. A floculação é um dos métodos de separação que apresenta baixo custo e simples de ser empregado, consiste na neutralização das cargas negativas presentes na superfície da célula da microalga por meio da utilização de um agente, com a consequente formação de flocos que sedimentam e são retirados do meio de cultivo. Os floculantes mais usados são aqueles compostos por sais de alumínio e ferro, porém essas substâncias são tóxicas, não biodegradáveis e podem causar diversos danos à saúde humana. Como alternativa a esses compostos podem ser utilizados os floculantes naturais ou biopolímeros que são principalmente os materiais à base de plantas. Podem ser catiônicos, aniônicos ou não-iônicos, e geralmente são solúveis em água. A Moringa oleífera e o Cereus jamacaru são exemplos de floculantes naturais, além de apresentam tolerância em regiões semiáridas. Sendo assim, as microalgas poderiam ser uma alternativa para as regiões semiáridas brasileiras, pois, utilizam águas provenientes de efluentes, essa mesma água pode ser usada em cultivos sucessivos, crescem adequadamente em níveis de luminosidade e temperatura fornecidas nessas regiões e ao final do cultivo os floculantes poderiam ser também oriundos de regiões semiáridas. Para tanto, é necessário um conhecimento sobre o uso e técnicas de cultivo de microalgas e as potencialidades deste em regiões semiáridas, em especial pelos profissionais da região. No município de Apodi, semiarido do RN, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) oferece o curso técnico em Biocombustíveis e a oportunidade de formar profissionais que,além das culturas energeticas já amplamente difundidas como soja, milho e cana-de-açucar, visualizem novas opcoes para o setor energético do semiárido como o cultivo de microalgas. Dessa forma, os objetivos desse trabalho são avaliar a eficiência da floculação de microalgas sob o efeito do tipo e concentração de floculantes, ph e espécies de microalgas, como também analisar o conhecimento de estudantes do IFRN no campus Apodi/RN sobre microalgas e seu enfoque no setor energético. Para isso, as microalgas Monoraphidium sp. e Scenedesmus sp. foram cultivadas em raceways no Centro de Tecnologia em Aqüicultura, localizado no município de Extremoz/RN, com o meio BG11, fotoperíodo 12:12 h (claro/escuro) e luminosidade de aproximadamente 1164 lx. Para os ensaios de floculação foram utilizados o pó do Cereus jamacaru e a solução de Moringa oleífera. Os ensaios de floculação e coagulação estão sendo realizados em jar test, no qual são adicionados 500 ml de microalgas, em cada jarro. Estão sendo realizados tratamentos em diferentes concentrações, para os Cereus jamacaru as concentrações são: 0,5 g/L, 1 g/L, 2 g/L, 4g/L ,e para a Moringa oleífera são: 0.2 g/L, 0,5 g/L, 0,8 g/L, 1 g/L, 2 g/L além de um controle somente com as microalgas. Todos os testes acontecem em tréplicas e para cada concentração está sendo variado o pH nos valores de 5, 7 e 9. Os cultivos são agitados em 200 rpm por 10 minutos,em seguida, o equipamento é desligado, as amostras descansam 60 min, e posteriormente são retiradas alíquotas de 20 ml para aferir a eficiência de floculação. A medição está sendo feita por meio de análise em espectrofotômetro, através das leituras de densidade ótica da amostra (A), do branco da amostra (B), do controle (C) e da água (D). Para avaliar o conhecimento de estudantes do IFRN sobre microalgas foram aplicados questionários com perguntas semi-estruturadas para 86 estudantes. A partir da análise dos dados, constatou-se que 44% dos alunos ouviram falar a respeito de microalgas, mas apresentavam conhecimento superficial sobre o tema. Concluiu-se que seria importante que esse tema fosse abordado nas disciplinas iniciais assim como a cultura de outras matrizes vegetais energéticas e que os estudantes necessitam ampliar seus conhecimentos sobre toda a gama de produtos e benefícios que as microalgas podem gerar, além do biodiesel.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1221519 - DÁRLIO INÁCIO ALVES TEIXEIRA
Interno - 2218942 - IVANEIDE ALVES SOARES DA COSTA
Externo ao Programa - 347010 - ROSANGELA GONDIM D OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 10/09/2018 07:35
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