Banca de DEFESA: ROBERTO ROSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROBERTO ROSA
DATA: 31/01/2014
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de Reuniões, Centro de Biociências, UFRN
TÍTULO:

VINCULANDO A ETNOICTIOLOGIA ÀS EVIDÊNCIAS BIOLÓGICAS PARA EXPLICAR O DECLÍNIO DA RIQUEZA DA ICTIOFAUNA NEOTROPICAL


PALAVRAS-CHAVES:

conhecimento ecológico local, introdução de espécies exóticas, perda da riqueza de espécies modelos ecotróficos, Ecopath.


PÁGINAS: 64
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

A diversidade de espécies de peixes da América do Sul vem sendo afetada por diversas práticas antrópicas. Alguns estudos têm documentado os efeitos resultantes destas transferências ilegais de espécies exóticas. A perda de riqueza da ictiofauna e consequente desarticulação da pesca têm sido evidenciadas nestes casos. O nordeste brasileiro apresenta lagoas para as quais foram transferidas espécies exóticas amazônicas, como a Lagoa de Extremoz. Estes ambientes servem como modelos de estudo para fins de comparação e investigação dos possíveis impactos decorrentes destas introduções. Testamos a hipótese de que a perda de riqueza da ictiofauna e consequente desarticulação da pesca artesanal exibem relação com a inserção do gênero Cichla, comumente documentado como predador de topo em seu ambiente endêmico. Possíveis causas estruturais que interferissem em outros processos, como os de migração, também foram investigadas. Para tanto, o conhecimento ecológico local dos pescadores e um modelo ecotrófico atual foram utilizados. Durante dois ciclos anuais, efetuamos amostragens de fitoplâncton, zooplâncton e peixes. Concomitantemente, efetuamos entrevistas com a comunidade de pescadores. Segundo os resultados obtidos, pode-se inferir que existe um padrão de queda de riqueza das espécies de peixes da lagoa de Extremoz. Porém, Cichla kelberi não foi indicado como fator principal para que este declínio viesse a ocorrer. A construção de pontes, localizadas no Rio Doce, foi apontada pelo conhecimento ecológico local como fator primário para que o número de espécies diminuísse neste ambiente. A migração de peixes de água salgada e/ou provenientes do Oceano Atlântico para a Lagoa de Extremoz parece ter sido impedida com os impactos causados por estas obras cíveis, especialmente no que diz respeito à inadequação das manilhas às necessidades da ictiofauna. Segundo o modelo ecotrófico, Hoplias malabaricus foi considerada espécie-chave e Cichla kelberi predador de topo, tendência similarmente obtida nas análises estomacais e através do conhecimento ecológico local dos pescadores. Simulações de sobre pesca para o tucunaré indicaram inviabilidade em relação ao aumento da captura desta espécie. Em 6 anos, mesmo aumentando a pesca de tucunaré  em 200%, outras espécies  poderiam aumentar sua biomassa somente em 15 e 30%. A influência negativa da inserção de espécies exóticas sem estudo prévio para determinados ambientes e a falta de investimento em estruturas adequadas às necessidades da ictiofauna parecem atuar simultaneamente, causando o declínio da riqueza de espécies e consequente colapso da pesca artesanal local.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1803589 - ADRIANA ROSA CARVALHO
Externo à Instituição - RODRIGO SILVA DA COSTA - UFERSA
Presidente - 1177742 - RONALDO ANGELINI
Notícia cadastrada em: 24/01/2014 12:35
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