Banca de DEFESA: JESSICA ROBERTS FONSECA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JESSICA ROBERTS FONSECA
DATA: 25/02/2014
HORA: 08:30
LOCAL: Anfiteatro das Aves, Centro de Biociências, UFRN
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE TOXICIDADE DE FLORAÇÕES DE CIANOBACTÉRIAS COMO SUBSÍDIO PARA AÇÕES DE GESTÃO AMBIENTAL EM AÇUDES DO SEMIÁRIDO POTIGUAR


PALAVRAS-CHAVES:

cianobactérias; cianotoxinas; percepção ambiental; aquicultura e ELISA 


PÁGINAS: 103
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

Açudes que são utilizados para abastecimento da população, pesca, atividades aquicultoras e de lazer do semiárido do RN (Brasil) apresentam constante estado eutrófico com permanentes florações de cianobactérias muitas vezes tóxicas que são responsáveis pela produção de cianotoxinas. As florações comprometem negativamente o meio ambiente aquático, plantas, animais e a saúde dos seres humanos. Quando há a produção de cianotoxinas pelas florações, a contaminação pode ocorrer via oral, através da ingestão da água, via dermal, através do contato com a pele, através do consumo de pescado e plantas, onde as cianotoxinas podem estar bioacumuladas e também pode ocorrer através da hemodiálise. Assim, é recomendado o monitoramento permanente da densidade de cianobactérias juntamente com a quantificação de cianotoxinas. Um dos objetivos com esse trabalho foi realizar o monitoramento da água de quatro açudes do semiárido norteriograndense através da identificação e contagem de cianobactérias e através da identificação e quantificação das cianotoxinas pelo do método ELISA. Outro objetivo foi avaliar a bioacumulação e depuração de microcistinas e saxitonas em tilápias (Oreochromis niloticus) (de quatro açudes e três viveiros) através da identificação e quantificação de microcistinas e saxitoxinas no músculo e fígado das tilápias antes e após o experimento de depuração, que visa averiguar a diminuição de cianotoxinas em tecidos de tilápias através da manutenção dos peixes vivos por alguns dias em água de boa qualidade e sem alimentação. Além disso, pretendeu-se avaliar a percepção ambiental de aquicultores e pescadores em açudes do semiárido do RN através de entrevistas semiestruturadas com questões majoritariamente relacionadas à água e eutrofização. Através desses objetivos visou-se o desenvolvimento de estratégias de manejo para aquicultura e prevenção de riscos à saúde pública. Os resultados demonstraram que os maiores valores de microcistinas foram encontrados no período chuvoso. Os padrões de potabilidade da água, de acordo com a portaria do Ministério da Saúde 2914/2011 e CONAMA 357/05, estabelecem os valores máximos para água bruta de densidade de cianobactérias: 50 mil cel.mL-1; microcistina: 1 µg.L-1 e saxitoxina:  3 µg.L-1. Os valores encontrados de microcistinas variaram entre 0,00227 µg.L-1 e 24,1954 µg.L-1. Das 128 amostras analisadas, 27% estavam acima do permitido. Não foi encontrado um padrão sazonal para saxitoxinas e seus valores variaram entre 0,003 µg.L-1 e 0,766 µg.L-1 com nenhum dos valores acima do permitido. Além disso, 76% dos valores de densidade de cianobactérias estavam acima do permitido. As amostras analisadas de tecidos de peixes não apresentaram toxicidade detectável. Em relação à percepção ambiental, foram realizadas 52 entrevistas e os resultados mostram que os entrevistados reconhecem os principais usos da água dos açudes, reconhecem a importância e enxergam os mesmos de forma positiva. Eles também percebem que a água está com a qualidade ruim e que pode trazer problemas de saúde. Os resultados fornecem dados que demonstram a permanência de cianobactérias e cianotoxinas, muitas vezes acima do limite, reforçando a importância do monitoramento constante. Além disso, mostram que apesar de haver constantes florações de cianobactérias tóxicas e presença de microcistinas e saxitoxinas, elas não estão acumuladas no pescado. A avaliação da percepção ambiental dá embasamento a uma posterior proposta de educação ambiental ligada à gestão pública da saúde inserida no contexto dessa determinada população, tornando-a mais efetiva.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2218942 - IVANEIDE ALVES SOARES DA COSTA
Externo à Instituição - LUIZ SODRE NETO - UFCG
Interno - 2200167 - MAGNOLIA FERNANDES FLORENCIO DE ARAUJO
Notícia cadastrada em: 24/01/2014 11:23
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