PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Teléfono/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: ANA ALINE MARCELINO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA ALINE MARCELINO DA SILVA
DATA : 03/12/2021
HORA: 14:30
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA, VALORES DE REFERÊNCIA, CARACTERÍSTICAS PSICOMÉTRICAS E APLICABILIDADE CLÍNICA EM CRIANÇAS SAUDÁVEIS


PALAVRAS-CHAVES:

Força muscular respiratória; crianças; valores de referência


PÁGINAS: 80
RESUMO:

Introdução: Os músculos respiratórios desempenham como principal função a ventilação pulmonar, dividindo-se funcionalmente em três grupos: o diafragma, os músculos da caixa torácica e os músculos abdominais. Na prática clínica, essa força da musculatura é medida pelas pressões geradas principalmente nas manobras voluntárias e não invasivas, como por meio das pressões inspiratórias e expiratórias máximas (PImáx e PEmáx, respectivamente) e da pressão inspiratória nasal sniff (SNIP). Objetivos: 1) Analisar a confiabilidade da manobra SNIP em uma única avaliação e determinar o número de manobras necessárias para atingir o pico máximo de SNIP em crianças saudáveis de 6-11 anos de idade; 2) Determine os valores de referência para as pressões respiratórias máximas em crianças saudáveis da mesma faixa etária anterior e 3) Comparar os valores de referência das pressões respiratórias máximas entre dois estudos brasileiros nessa população. Materiais e Métodos: 1) Estudo transversal que incluiu 121 crianças saudáveis com função pulmonar normal, que realizaram de 12 a 20 manobras SNIP, com 30 segundos de descanso entre cada. A confiabilidade foi testada usando o coeficiente de correlação intraclasse (CCI), erro padrão de mensuração (EPM), mínima diferença detectável (MDD) e análise de Bland-Altman para concordância. 2) Foram realizadas no mínimo 3 testes de cada pressão respiratória máxima, PImáx e PEmáx, em 121 crianças saudáveis, com um tempo mínimo de duração da manobra de 1,5 segundos com platô de 1 segundo e descanso de 1 minuto entre os testes. Foi aplicada uma análise de regressão linear múltipla stepwise para PImáx e PEmáx levando em consideração as correlações observadas com as variáveis independentes: idade, peso e sexo. 3) A comparação de dois valores de referencia, sendo a metodologia de Marcelino et al. a do estudo 2, versus Lanza et al. com equações de referência de um estudo multicêntrico, em 318 crianças de 6 a 11 anos de idade. Para comparação de ambos estudos, utilizamos as diferenças médias das pressões e observamos as diferenças entre sexos e grupos de idade atarvés do p valor e tamanho de efeito. Resultados: 1) O CCI e o intervalo de confiança (IC) correspondente entre a medida mais alta e a primeira manobra reprodutível foram 0,752 (0,656 – 0,824), EPM = 10,37 cmH2O e MDD = 28,74 cmH2O. Para crianças de 6 a 7 anos, o CCI foi de 0,669 (0,427 – 0,822), EPM = 10,76 cmH2O e MDD = 29,82 cmH2O; para crianças de 8 a 11 anos, o CCI foi de 0,774 (0,662 – 0,852), EPM = 9,74 cmH2O e MDD = 26,05 cmH2O. Para as meninas, o CCI foi de 0,817 (0,706 – 0,889), EPM = 9,40 cmH2O e MDD = 26,05 cmH2O; para meninos, o CCI foi de 0,671 (0,487 – 0,798), EPM = 11,51 cmH2O e MDD = 31,90 cmH2O. Aproximadamente 80% do total da amostra atingiu o SNIP mais alto antes da 10ª manobra. 2) Meninos alcançaram valores superiores de pressões respiratórias máximas em relação as meninas e nas comparações das pressões entre as idades evidenciou-se um aumento das pressões de acordo com as faixas etárias estudadas (6-7, 8-9 e 19-11 anos) com tamanho de efeito moderado para ambas. A equação gerada foi: PImáx = 24,630 + 7,044 * idade (anos) + 13,161 * sexo (0 para meninas e 1 para meninos) e  PEmáx com equação nas meninas = 55,623 + 4,698 * idade (anos) e meninos = 82,617 + 0,612 * peso (kg)]. 3) Foram encontradas diferenças médias  próximas entre dados absolutos de cada estudo e os valores encontrados pelas equações desenvolvidas. Além disso, nas comparações entre sexos e faixas etárias nos estudos, foram identificados tamanhos de efeito de médio a largo. Lanza et al.  apresentou menores intervalos de confiança 95% em ambos os sexos. Conclusões: 1) A SNIP demonstrou confiabilidade moderada entre as manobras em crianças de 6 a 11 anos; crianças mais velhas e meninas alcançaram o pico da SNIP mais rápido e nossos resultados indicaram que 12 manobras foram suficientes para crianças saudáveis atingirem o pico máximo da SNIP.  2) Novas equações de referência para pressões respiratórias máximas em crianças saudáveis de 6-11 anos foram determinadas, incluindo variáveis como idade, sexo e peso, utilizando a metodologia específica recomendada pela ATS/ERS e SBPT. 3) Os estudos analisados apresentaram valores de referência semelhantes em crianças saudáveis brasileiras, apesar das diferentes metodologias adotadas. Assim, podemos concluir que essa tese apresenta estudos com importante significância clínica em crianças saudáveis para que possamos realizar a avaliação da força muscular respiratória nesta população de maneira confiável utilizando metodologias confiáveis.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 5566309 - VANESSA REGIANE RESQUETI FREGONEZI
Interna - 1149619 - SELMA SOUSA BRUNO
Externa ao Programa - 2212172 - CATHARINNE ANGELICA CARVALHO DE FARIAS
Externa à Instituição - JESSICA DANIELLE MEDEIROS DA FONSECA
Externa à Instituição - LUCIANA MARIA MALOSA SAMPAIO JORGE
Notícia cadastrada em: 01/12/2021 14:17
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