PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Teléfono/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de QUALIFICAÇÃO: ELIZANE POQUIVIQUI DO NASCIMENTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ELIZANE POQUIVIQUI DO NASCIMENTO
DATA : 20/07/2021
HORA: 14:30
LOCAL: Vídeo Conferência
TÍTULO:

Análise da capacidade física e oxigenação tecidual em pacientes pós COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Tolerância ao exercício; COVID-19 (Exercise Tolerance; COVID-19)


PÁGINAS: 40
RESUMO:

Evidências científicas e clínicas apontam um comprometimento persistente da capacidade física em indivíduos pós COVID-19. Tais efeitos residuais podem persistir durante meses e podem estar influenciados pela gravidade da infecção e necessidade de internação hospitalar e uso de suporte ventilatório. Objetivo: Avaliar a capacidade física além de analisar o comportamento da oxigenação muscular tecidual durante testes de capacidade do exercício em pacientes pós COVID-19.  Metodologia: Trata-se de um estudo transversal em pacientes diagnosticados com  COVID-19 que passaram ou não por internação hospitalar, maiores de 18 anos de ambos os sexos. Todos os sujeitos foram distribuídos em 3 grupos de acordo com a gravidade dos casos: Indivíduos que necessitaram de internação em UTI: Grupo terapia intensiva (COVID-UTI), Indivíduos que necessitaram de internação apenas em enfermaria: Grupo Enfermaria (COVID-E) e indivíduos que não necessitaram de internação hospitalar: Grupo Não internados (COVID-NI). Após anamnese, dois testes de avaliação da capacidade física foram realizados: teste de caminhada de seis minutos (6MWT) e o teste senta e levanta de um minuto (1-STS). Para sintomatologia de dispneia e fadiga, utilizamos a escala de Borg de 0-10. Ambos os testes foram realizados com a  análise concomitante da oxigenação tecidual do músculo vasto-lateral por espectroscopia de infravermelho próximo (NIRS- (Portamon Artinis Medical Systems, BV, Netherland). Os valores de oxiemoglobina (O2Hb), desoxiemoglobina (HHb), hemoglobina total (tHb -que exprime a concentração de hemoglobina e medida de volume de sangue total no local sendo uma medida indireta de fluxo sanguíneo total no tecido) e a diferença entre a oxiemoglobina e desoxihemoglobina (HbDiff) foram avaliados nos momentos basal, durante e imediatamente após a finalização dos testes. Utilizamos  média e desvio padrão para distribuição normal e as comparações intragrupo das variáveis foram realizadas através de Friedman enquanto as comparações intergrupos por Kruskal-Wallis. Os dados foram analisados utilizando-se programa estatístico GraphPad Prism 8.0 (GraphPad Software Inc SanDiego Califórnia, EUA) com níveis de significância p<0,05 e Intervalo de Confiança de 95%. Resultados: Foram incluídos até o momento 30 voluntários, sendo 7 no grupo COVID-UTI (idade: 37,86 ± 15,49 anos), 8 no grupo COVID-E (idade: 47,63 ± 10,69 anos) e 15 no grupo COVID-NI (idade: 35,80 ± 11,83 anos). Em relação ao 6MWT, a análise intergrupo demonstrou que o grupo COVID-UTI e grupo COVID-E apresentaram menores distâncias percorridas quando comparado ao grupo COVID-NI (COVID-UTI 505 m, 84%pred; COVID-E 475m, 84%pred e COVID-NI 564m, 95%pred, (p=0,01 e p=0,02), respectivamente. No 1-STS identificamos redução da capacidade física em todos os grupos (COVID-UTI 38rep, 81%pred; COVID-E 32rep, 76%pred e COVID-NI 34rep, 71%pred), porém sem diferença estatística intergrupo. Ambos os testes encontraram valores elevados de dispneia e fadiga no momento final, entretanto sem diferenças intergrupos. Em relação a oxigenação tecidual periférica, foi observado no 6MWT que o grupo COVID-NI teve uma menor queda de HbDiff e O2HB durante o teste quando comparado aos grupos COVID-UTI e COVID-E e maior variação no tHb quando comparado aos anteriores. Observou-se ainda uma pequena variação de HHb nos três grupos, porém no COVID-UTI houve uma menor queda se comparados aos outros dois, sem diferença estatística.  No 1-STS, os três grupos tiveram uma queda semelhante de HbDiff durante o teste, porém, o grupo COVID-UTI apresentou um maior aumento dessa variável após o teste, sem diferença na variação intergrupo do tHb durante o 1-STS ou ainda no momento de recuperação. Assim, como resultados preliminares, podemos sugerir que os testes de 6MWT e 1-STS foram capazes de identificar declínio da capacidade física em pacientes pós COVID-19, sendo o 6MWT capaz de diferenciar os pacientes que necessitaram de internação hospitalar (UTI ou Enfermaria) daqueles não-internados. Ainda, que o comportamento na oxigenação tecidual durante os testes parece sofrer influência do nível de gravidade da COVID-19. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 5566309 - VANESSA REGIANE RESQUETI FREGONEZI
Externa ao Programa - 2646588 - JOCELINE CASSIA FEREZINI DE SA
Externo ao Programa - 4246118 - RENCIO BENTO FLORENCIO
Notícia cadastrada em: 16/06/2021 10:39
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