PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Teléfono/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA ALINE MARCELINO DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA ALINE MARCELINO DA SILVA
DATA : 28/05/2021
HORA: 08:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

Procedimentos técnicos e metodológicos do estudo dos músculos respiratórios em diferentes populações.


PALAVRAS-CHAVES:

Crianças, músculos respiratórios, esclerose lateral amiotrófica, doenças neuromusculares.


PÁGINAS: 75
RESUMO:

Introdução: Os músculos respiratórios desempenham como principal função a ventilação pulmonar, dividindo-se funcionalmente em três grupos: o diafragma, os músculos da caixa torácica e os músculos abdominais. Na prática clínica, a força dessa musculatura é medida pelas pressões geradas principalmente em manobras voluntárias e não invasivas, como através das pressões inspiratória e expiratória máximas (PImáx e PEmáx, respectivamente) e pressão inspiratória nasal sniff (SNIP). Além da PEmáx para medir a força dos músculos expiratórios, a literatura traz a pressão expiratória nasal (SNEP) como alternativa para complementar a PEmáx. Em patologias respiratórias e neuromusculares, observamos fraqueza muscular respiratória, o que implica em diminuição das pressões e consequente aparecimento de sintomas ventilatórios. Objetivos: 1) Analisar a confiabilidade da manobra SNIP em uma única avaliação e determinar o número de manobras necessárias para alcançar o pico máximo da SNIP em crianças saudáveis de 6 a 11 anos de idade; 2) Estabelecer os valores de referência das pressões respiratórias máximas em crianças saudáveis de mesma faixa etária; 3) Observar a diferença nas medidas de pressões respiratórias nasais (SNIP e SNEP), bem como avaliar as taxas de relaxamento (MRR, 1/2TR e τ) e propriedades contráteis (MRPD e TC) dos músculos respiratórios em diferentes posicionamentos em indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Materiais e Métodos: 1) Este estudo transversal incluiu 121 crianças saudáveis com função pulmonar normal, no qual foram realizadas de 12 a 20 manobras SNIP, com 30 segundos de descanso entre cada manobra. A confiabilidade foi testada usando o coeficiente de correlação intraclasse (ICC), erro padrão de medição (SEM), alteração mínima detectável (MDC) e análise de Bland-Altman para concordância. 2) Foram realizadas no mínimo 3 testes de cada pressão respiratória máxima, PImáx e PEmáx, em 121 crianças saudáveis, com um tempo mínimo de duração da manobra de 1,5 segundos com platô de 1 segundo e descanso de 1 minuto entre os testes. Foi aplicada uma análise de regressão linear múltipla stepwise para PImáx e PEmáx levando em consideração as correlações observadas com as variáveis independentes: idade, peso e sexo. 3) Em uma amostra de 17 pacientes com ELA, foram avaliadas SNIP e SNEP em dois diferentes posicionamentos (sentado e em supino com elevação de 30º), bem como a atividade eletromiográfica de superfície dos músculos respiratórios em ambas as manobras. Foram extraídas das curvas de SNIP e SNEP variáveis que correspondem a taxas de relaxamento e propriedades contráteis dos músculos respiratórios. Resultados: 1) O ICC e o intervalo de confiança (IC) correspondente entre a medida mais alta e a primeira manobra reprodutível foram 0,752 (0,656–0,824), SEM = 10,37 cmH2O e MDC = 28,74 cmH2O. Para crianças de 6 a 7 anos, o ICC foi de 0,669 (0,427–0,822), SEM = 10,76 cmH2O e MDC = 29,82 cmH2O; para crianças de 8 a 11 anos, o ICC foi de 0,774 (0,662–0,852), SEM = 9,74 cmH2O e MDC = 26,05 cmH2O. Para as meninas, o ICC foi de 0,817 (0,706–0,889), SEM = 9,40 cmH2O e MDC = 26,05 cmH2O; para meninos, o ICC foi de 0,671 (0,487–0,798), SEM = 11,51 cmH2O e MDC = 31,90 cmH2O. Aproximadamente 80% do total da amostra atingiu o SNIP mais alto antes da 10ª manobra. 2) Houve diferença estatisticamente significante para PImáx entre os gêneros (p = 0,006), mas o mesmo não ocorreu com PEmáx (p = 0,051). As comparações das pressões entre as idades evidenciou  diferenças estatisticamente significativas na PImáx (p <0,001) e PEmáx (p = 0,01) de acordo com as faixas etárias estabelecidas. As variáveis independentes altura, peso, idade e sexo foram positivamente correlacionadas com PImáx, mas idade e sexo persistiram na equação (PImáx = 24,630 + 7,044 * idade (anos) + 13,161 * sexo (0 para meninas e 1 para meninos)). PEmáx se correlacionou positivamente com altura, peso e idade, compondo a equação as variáveis idade nas meninas e peso nos meninos (PEmáx (meninas) = 55,623 + 4,698 * idade (anos) e PEmáx (meninos) = 82,617 + 0,612 * peso (kg)). 3) Observamos que não há diferenças estatisticamente significantes entre as variáveis em diferentes posicionamentos, porém, encontramos tamanho de efeito moderado para o TC, MRR, τ e ½ TR da SNIP, moderado também para o pico de SNEP e grande para o MRR da SNEP. Conclusões: 1) A SNIP demonstrou confiabilidade moderada entre as manobras em crianças de 6 a 11 anos; crianças mais velhas e meninas alcançaram o pico SNIP mais rápido. Finalmente, os resultados indicaram que 12 manobras foram suficientes para crianças saudáveis com idade entre 6 e 11 anos atingirem o pico SNIP mais alto.  2) Este estudo determinou novas equações de referência para pressões respiratórias máximas em crianças saudáveis de 6-11 anos, incluindo variáveis como idade, sexo e peso, utilizando toda a metodologia recomendada pela ATS / ERS e SBPT. 3) Os resultados ainda não foram discutidos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 5566309 - VANESSA REGIANE RESQUETI FREGONEZI
Externa ao Programa - 2211023 - ILLIA NADINNE DANTAS FLORENTINO LIMA
Externa à Instituição - JESSICA DANIELLE MEDEIROS DA FONSECA
Notícia cadastrada em: 27/04/2021 09:45
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