PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Teléfono/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de DEFESA: LILIANE SANTOS DE VASCONCELLOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LILIANE SANTOS DE VASCONCELLOS
DATA : 28/02/2020
HORA: 14:30
LOCAL: AUDITÓRIO DO DEPTO DE FISIOTERAPIA
TÍTULO:

Efeitos de um programa de exercícios domiciliares sobre sintomas motores e não-motores de indivíduos com doença de Parkinson: ensaio clínico randomizado


PALAVRAS-CHAVES:

Reabilitação, Transtornos do Movimento, Constipação Intestinal, Assistência Centrada no Paciente


PÁGINAS: 102
RESUMO:

Introdução: As alterações presentes na região do tronco parecem relacionar-se com sintomas de natureza motora e não motora, tais como, equilíbrio postural, marcha e constipação intestinal (CI) em indivíduos com doença de Parkinson (DP); entretanto, poucos estudos têm utilizado exercícios físicos direcionados a essa região. Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de exercícios domiciliares sobre sintomas motores e não-motores de indivíduos com DP. Metodologia: Ensaio clínico controlado e randomizado, com amostra de 28 indivíduos com DP que apresentaram sintomas de CI, déficits de equilíbrio postural e marcha. A amostra foi distribuída aleatoriamente em Grupo Experimental (GE, n= 14) e Grupo Controle (GC, n= 14) Os participantes foram avaliados quanto às medidas de desfecho: função intestinal - The Bowel Function in the Community e Escala de Bristol; variáveis da marcha - Qualisys Motion Capture System®; variáveis do equilíbrio postural, através da plataforma de força, e qualidade de vida - Parkinson Disease Questionnaire-39 - PDQ-39. O protocolo foi efetuado por três semanas consecutivas, diariamente. O GC realizou atividades simples: respiração diafragmática; alongamentos dos principais grupos musculares de membros superiores e inferiores; exercícios miolinfocinéticos nos pés; e exercícios ativos livres de membros superiores. O GE realizou o protocolo de exercícios focados na região do tronco: fortalecimento abdominal; fortalecimento dos músculos eretores da coluna; exercícios de inclinação pélvica; e contração dos músculos do assoalho pélvico. A análise dos dados foi realizada utilizando Análise de variância (ANOVA) mista com medidas repetidas para comparar as medidas de desfecho entre os grupos e entre a avaliação inicial, a reavaliação e o follow-up. Testes de correlação foram aplicados entre a variável não motora “CI” e motoras “equilíbrio postural” e “marcha”. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Artigo 1 – Os dados do questionário The Bowel Function in the Community não demonstraram interação significativa tempo*grupo (F= 0,235; P= 0,746), havendo diferença no desfecho ao longo do tempo (F= 6,576; P= 0,005), com redução dos escores em ambos os grupos, indicando melhora no desfecho CI. Para o Hábito Intestinal Geral, não houve interação tempo*grupo (F= 0,396; P= 0,668), e os dados mostraram-se sem alterações do desfecho ao longo do tempo (F= 0,526; P= 0,588). Na Escala de Bristol, não houve interação tempo*grupo (F= 0,611; P= 0,538), sem alterações no desfecho ao longo do tempo (F= 0,440; P= 0,635), demonstrando a manutenção da consistência das fezes. No PDQ-39, não houve interação tempo*grupo para este desfecho (F= 0,452; P= 0,621), e não houve alteração na qualidade de vida ao longo do tempo (F= 0,376; P= 0,669). Houve uma correlação moderada entre o questionário The Bowel Function in the Community e Mobilidade autorreferida (P= 0,032, r= 0,407). Artigo 2 - Para velocidade da marcha, os dados demonstraram que não houve interação significativa entre tempo e grupo (F= 1,820; P= 0,179), sem alterações do desfecho ao longo do tempo (F= 0,207; P= 0,778). O mesmo ocorreu para os desfechos: comprimento da passada (tempo*grupo: F= 0,179; P= 0,799; tempo: F= 0,694; P= 0,482); tempo de duplo apoio (tempo*grupo: F= 2,483; P= 0,120; tempo: F= 0,612; P= 0,468); extensão do quadril (tempo*grupo: F= 0,207; P= 0,800; tempo: F= 0,527; P= 0,583); amplitude do movimento do joelho(tempo*grupo: F= 1,810; P= 0,183; tempo: F= 2,243; P= 0,130); amplitude do movimento do tornozelo (tempo*grupo: F= 4,153; P= 0,045; tempo: F= 0,037 P= 0,880). Os dados de equilíbrio não puderam ser finalizados até o presente momento, e por isso, não serão apresentados. Conclusão: Pode-se inferir que o protocolo de exercícios composto por alongamentos, exercícios miolinfocinéticos, e exercícios ativos livres (grupo controle) apresenta influência similar ao protocolo de exercícios de fortalecimento do tronco e assoalho pélvico (grupo experimental) sobre o desfecho de CI. E, apesar de as variáveis cinemáticas de marcha não terem demonstrado diferenças significativas, a correlação encontrada entre a variável de CI e a mobilidade autorreferida dos pacientes demonstra a interação existente entre os sintomas motores e não-motores desses indivíduos.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2212151 - ELIZABEL DE SOUZA RAMALHO VIANA
Externa à Instituição - LARISSA COUTINHO DE LUCENA - FACENE
Presidente - 2319151 - TATIANA SOUZA RIBEIRO
Notícia cadastrada em: 07/02/2020 15:59
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