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Banca de DEFESA: CLÊNIA OLIVEIRA ARAÚJO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CLÊNIA OLIVEIRA ARAÚJO
DATA : 16/12/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do departamento de fisioterapia
TÍTULO:

EFEITOS DA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA VERSUS TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO ASSOCIADO À REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CRÔNICA.


PALAVRAS-CHAVES:

Insuficiência cardíaca; Reabilitação cardiovascular; Treinamento muscular expiratório; Treinamento muscular inspiratório; Ventilação Não Invasiva.


PÁGINAS: 173
RESUMO:

Introdução: A dispneia é um dos sintomas mais comuns aos esforços na insuficiência cardíaca crônica com fração de ejeção ventricular esquerda reduzida (ICFEr) e avança implacavelmente com a progressão da doença, levando à redução da capacidade funcional. Portanto, investigações sobre o uso da ventilação não invasiva (VNI) ou do treinamento muscular respiratório (TMR) para otimizar a tolerância ao exercício durante à Reabilitação Cardiovascular (RC) podem orientar melhor a tomada de decisões clínicas. O uso da VNI têm mostrado resultados animadores na redução do trabalho cardiorrespiratório, enquanto protocolos envolvendo a combinação do treinamento muscular inspiratório (TMI) e treinamento muscular expiratório (TME) podem ser inovadores e ter um efeito aditivo, melhorando ainda mais os resultados do desempenho ao exercício após o TMR, porém a evidência da eficácia de tal abordagem não é bem estabelecida até o momento. Embora a ineficiência ventilatória na IC possa ser agravada como resultado da fraqueza muscular expiratória, o TME não é claro na literatura, existindo apenas uma série de relatos de casos mostrando melhora nos parâmetros ventilatórios e esses efeitos benéficos ainda não foram confirmados por estudos randomizados. Assim, hipotetizamos que a modalidade combinando TME mais TMI mais RC pode apresentar efeitos superiores ou similares ao uso da VNI mais RC. Objetivos: O 1º estudo teve como objetivo analisar os efeitos do TME mais TMI associados à RC versus RC mais VNI na tolerância ao exercício, no desempenho da musculatura respiratória e qualidade de vida na ICFEr. O 2º estudo; o objetivo foi avaliar o benefício adicional do TME mais TMI associado ao exercício aeróbico (EA) quando comparado ao TMI mais EA isolado na ICFEr. O 3º estudo foi uma Revisão sistemática que teve o objetivo avaliar os efeitos do TMI na cinética do consumo de oxigênio (VO2) em indivíduos com IC comparado à indivíduos saudáveis. Métodos: A pesquisa foi dividida em três etapas. Inicialmente foi realizado um ensaio clínico randomizado, envolvendo 17 pacientes com ICC que foram alocados em Grupo 1 RC- controle (n=6), Grupo 2 – RC + VNI (n=5), Grupo 3 – TME + TMI mais RC (n=6). Todos os pacientes foram avaliados antes e após 12 semanas do programa estruturado de RC supervisionado três vezes por semana. O Grupo 1- RC supervisionado. O Grupo 2 – RC + VNI com modo Continuous positive airway pressure (CPAP), usando o VPAP TM Auto 25 ResMed System (ResMed® USA). O CPAP foi ajustado gradualmente até 8 cmH2O por 20 minutos. A RC mais treinamento muscular respiratório (TMR), por 30 minutos de duração, sendo 15 minutos com carga inspiratória até 40% da pressão inspiratória máxima (PImáx) e 15 minutos com carga expiratória entre 5 e 15% da PEmáx, sendo o TME realizado conforme o protocolo desempenhado no estudo de Cahalin et al. O segundo estudo: foi um ensaio controlado e randomizado; Quatorze pacientes com ICFEr e fraqueza muscular respiratória foram randomizados em três grupos: Grupo 1: Exercício aeróbico (EA; controle); Grupo 2: EA mais TMI (carga 40% da PImáx), Grupo 3; EA + TMI mais TME (carga 5-15% da PEmáx), e receberam programa de exercícios por 12 semanas. E o terceiro estudo; a revisão sistemática; a busca incluiu as bases MEDLINE, PEDRo, Embase, Cinahl e Cochrane Central para avaliar os efeitos do TMI na cinética do VO2.  Resultados: Portanto, no 1º estudo: quando comparado a VNI versus TME + TMI, essas terapias complementares associadas à RC foram semelhantes quanto a distância caminhada de seis minutos (DC6M) e o VO2pico, porém houve diferença significativa no Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ) comparadas ao controle (de 24,6 vs. 19,2 na RC mais VNI, P=0,0001; e 26,6 vs. 19,2 na RC + TME plus TMI, P<0,0001). A RC mais VNI levou a incremento adicional, na capacidade vital forçada (CVF). A RC mais TME + TMI mostrou benefício adicional nas pressões máximas inspiratórias e expiratórias (p<0,0001) quando comparada tanto ao uso da VNI mais RC, quanto ao grupo controle. Tanto a RC mais VNI ou RC associada ao TME mais TMI podem fornecer benefícios adicionais na qualidade de vida. No entanto, a combinação de TME mais TMI e RC demonstrou ser melhor na melhora do desempenho dos músculos ventilatórios em pacientes com ICC.  Na segunda etapa; O treinamento combinando TMI mais 

TME mais EA demonstrou melhora adicional na DC6M, (339 ± 39 vs. 434 ± 31; P = 0,037); ventilação voluntária máxima (MVV; 69,6 ± 2,7 vs.77,4 ± 4,0; P = 0,021), comparado ao EA isolado. E na PEmáx; (75 ± 13 vs.115 ± 16; p = 0,002); quando comparado tanto ao TMI mais EA ou EA isolado. O estudo sugere que o EA mais TMI+ TME pode contribuir ao ganho adicional da PEmáx; comparado ao TMI+EA e otimizar a tolerância ao exercício em pacientes com ICFEr comparados ao EA isolado. E na terceira etapa a revisão sistemática que incluíram três ensaios randomizados avaliando os efeitos do TMI na cinética do VO2; demostraram que o TMI na IC pode melhorar significativamente a cinética de recuperação do VO2, significando diferenças na cinética do VO2 de -0,66mL/kg/min (IC95%, -0,84 a -0,47; n=56). No entanto, não há diferença significativa no pico de VO2 para os participantes do grupo TMI em comparação ao grupo controle. Bailey et al.; também não observaram alterações significativas no VO2máx em indivíduos saudáveis durante o teste incremental após a intervenção TMI ou Sham, mas a amplitude da cinética do consumo lento de oxigênio foi reduzida e a pressão inspiratória máxima inicial aumentou significativamente.  No entanto, na análise da cinética do VO2 houve um pequeno número de participantes e, conforme a abordagem GRADE, a qualidade da evidência apresentada por esse resultado foi baixa, em razão das limitações na metodologia, imprecisão e inconsistência dos resultados.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2646588 - JOCELINE CASSIA FEREZINI DE SA
Externa à Instituição - NICOLE SOARES OLIVER CRUZ
Externa à Instituição - RENATA CARLOS FELIPE NOGUEIRA
Presidente - 1149619 - SELMA SOUSA BRUNO
Externo à Instituição - SHIRLEY LIMA CAMPOS - UFPE
Notícia cadastrada em: 02/12/2019 09:48
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