PPGFST PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Teléfono/Ramal: (84) 3342-2002 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgfst

Banca de QUALIFICAÇÃO: NATHALIE CORTEZ BEZERRA DE MEDEIROS



Uma banca de QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: NATHALIE CORTEZ BEZERRA DE MEDEIROS
DATA: 20/05/2016
HORA: 14:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO DEPTO DE FISIOTERAPIA
TÍTULO:

Análise da ativação e desempenho muscular de membros inferiores em indivíduos com insuficiência venosa crônica durante teste de endurance muscular


RESUMO:

Introdução: A falha na função da bomba muscular da panturrilha, juntamente ou não, com o refluxo e/ou obstrução do fluxo sanguíneo é considerada a principal causa da insuficiência venosa (IVC). A hipertensão venosa prolongada, leva ao enfraquecimento da musculatura da panturrilha. A avaliação especifica dessa musculatura pode ser feita de diferentes formas. O teste de elevação do calcanhar (TEC) tem sido amplamente utilizado para avaliar a função da unidade músculo-tendão, incluindo força, resistência, fadiga, função e desempenho. Ele envolve a ação muscular concêntrica e excêntrica em posição unipodal dos músculos flexores plantares. Atualmente, vários protocolos foram desenvolvidos para a realização do TEC em diferentes populações, sem uma padronização bem detalhada. Acredita-se que nos pacientes com insuficiência venosa crônica (IVC), por possuírem redução na força da musculatura da panturrilha, o teste poderia ser sensível para identificar essa limitação muscular. 

Objetivos: Esse estudo possui dois objetivos que serão divididos em dois diferentes artigos. O Estudo 1 pretende avaliar através de um estudo piloto a confiabilidade e reprodutibilidade tanto intra quanto inter-avaliadores do TEC em adultos saudáveis, de dois diferentes protocolos com diferentes estímulos: self-paced e externally-paced; No Estudo 2, avaliaremos o desempenho, sensibilidade e a atividade elétrica dos músculos dos membros inferiores durante a realização do teste de elevação do calcanhar (TEC) em sujeitos com IVC comparando com indivíduos saudáveis pareados;

Métodos: Ambos os estudos são do tipo observacional, de caráter transversal. Para o Estudo 1, dois protocolos do Teste de Elevação do Calcanhar (TEC) (self-paced e externally-paced) foram realizados em dias distintos. Para o Estudo 2, serão recrutados sujeitos com idade entre 35 e 65 anos, com diagnóstico clínico de IVC para realização do TEC (a ser determinado após a conclusão do estudo 1) associado a Eletromiografia de Superfície (EMGs).

Resultados: Para essa qualificação, apresentaremos somente os resultados obtidos após a finalização do Estudo 1. Foram recrutados 33 indivíduos, sendo 16 homens, com idade média de 23,03 anos (±2,71). Observamos que o TEC self-paced obteve um melhor resultado tanto no que diz respeito ao desempenho (53,01 elevações) quanto à reprodutibilidade relativa inter-avaliador (CCI=0,77) e, o TEC externally-paced obteve melhor reprodutibilidade intra-avaliador (CCI=0,69). Além disso, os homens quando comparados às mulheres, apresentaram um desempenho melhor durante ambos os testes (12% no self-paced e 19,4% no externally-paced). Foi observado que ao final da realização de ambos os testes houve aumento dos sintomas de fadiga com diferenças significativas (p<0,01), entretanto com manutenção do desempenho de elevações de calcanhar nos três TEC self-paced (p=0,76) e diminuição do desempenho no TEC externally-paced quando comparados T1, T2 e T3 (p<0,01). Os principais sintomas relatados ao final de ambos os TEC foram os mesmos, porém com uma frequência de ocorrência distinta: dor (44,8%) e queimação (65,5%) no self-paced, dor (55,1%) e queimação (51,7%) no externally-paced. Os gráficos Bland-Altman e os valores de EPM evidenciam a presença de variabilidade, entretanto a visualização dos gráficos confirma os resultados encontrados pelo CCI, maiores na comparação do T1 e T3 de ambos os testes, sendo o self-paced com melhor CCI (0,77) e, um gráfico com maior concordância e menor valor de bias (0,7).

Conclusão: Nossos resultados demonstram uma boa concordância entre os dois testes avaliados, o que sugere que ambos podem ser utilizados para fornecer resultados de desempenho muscular. Entretanto, o teste self-paced obteve um melhor desempenho (número de elevações de calcanhar), maior reprodutibilidade e melhor concordância. Além disso, através de uma única execução as respostas obtidas podem ser consideradas reais, sem ocorrência de efeito aprendizado. Diferentemente, o teste externally-paced devido ao efeito aprendizado, necessita da execução de mais de um teste.


PALAVRAS-CHAVE:

Doenças Vasculares; Eletromiografia; Sistema musculoesquelético;


PÁGINAS: 67
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1545315 - GUILHERME AUGUSTO DE FREITAS FREGONEZI
Externo ao Programa - 2173436 - TULIO OLIVEIRA DE SOUZA
Presidente - 5566309 - VANESSA REGIANE RESQUETI FREGONEZI
Notícia cadastrada em: 06/05/2016 10:53
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