Banca de DEFESA: BERNARDO FORTON ODLAVSON GONÇALVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BERNARDO FORTON ODLAVSON GONÇALVES
DATA : 31/01/2023
HORA: 14:00
LOCAL: online
TÍTULO:

Investigando a rotação, o magnetismo e as abundâncias químicas de estrelas do tipo solar através de modelos de
evolução e espectroscopia: da pré-sequência principal à gigante vermelha


PALAVRAS-CHAVES:

Estrelas: evolução - Estrelas: interiores - Estrelas: campo magnético - Estrelas: rotação - Estrelas: tipo solar


PÁGINAS: 134
RESUMO:

O estudo da evolução rotacional do Sol e das estrelas do tipo solar é sem dúvidas um dos campos da astrofísica
estelar atualmente em maior evidência. Existem inúmeras questões ainda longe de serem completamente compreendidas, o
que torna a pesquisa nesse campo intensa e dinâmica. Dentre essas questões estão a compreensão dos fenômenos que
influenciam o momento angular das estrelas durante sua formação, ainda na fase da Pré-Sequência Principal; o entendimento
dos mecanismos que atuam nos interiores estelares ao longo da evolução, que acabam por determinar, por exemplo, o perfil
de rotação de corpo sólido observado no Sol; ou quais mecanismos de transporte atuam em estrelas evoluídas, que passam por
profundas mudanças em sua estrutura, e apresentam fenômenos peculiares como o de enriquecimento de lítio e alterações em
diversas abundâncias químicas. Em todos os casos, sabemos que o magnetismo estelar tem um papel de destaque, entretanto,
ainda longe de ser completamente entendido. Nesta tese usamos modelos calculados com o Código de Evolução Estelar de
Toulouse-Genebra (TGEC) para estudar a evolução rotacional de quatro amostras de estrelas do tipo solar, além de revisitar
estudos com estrelas análogas de aglomerados abertos. Utilizamos em nossas análises duas prescrições distintas de freio
magnético, que simulam a perda de momento angular devidos aos ventos estelares. Adicionalmente, também estudamos uma
amostra de estrelas gigantes do tipo solar que são ricas em lítio, investigando a possível relação com o caráter magnético de
algumas dessas estrelas. No que se refere às estrelas da sequência principal, encontramos algumas convergências e algumas
discrepâncias entre os nossos modelos e as amostras estelares estudadas. Descobrimos que a amostra com dados
sismológicos, composta por estrelas de idade intermediária e mais velhas, não está bem restrita para um estudo sobre a
rotação e evolução magnética do Sol. A amostra de estrelas de baixa atividade parece ser afetada por uma diminuição no freio
magnético apesar das diferenças de metalicidade, embora alvos com maior metalicidade pareçam seguir melhor nossos
traçados evolutivos. Por fim, encontramos uma incompatibilidade entre nossos traçados de evolução da rotação e a posição
das estrelas mais jovens. Já com relação às estrelas gigantes ricas em lítio, descobrimos que estrelas anteriormente
classificadas como no ramo das gigantes vermelhas (RGB) podem estar em um estado evolutivo diferente. Além disso,
identificamos que a maioria das estrelas em nossa amostra com detecção de campo magnético superficial mostram
velocidades de rotação pelo menos moderadas, mas mesmo assim, não conseguimos detectar um campo magnético em duas
estrelas com rotação rápida. Por causa de nossa pequena amostra de gigantes magnéticas, é difícil determinar se a presença de
campo magnético de superfície e os fenômenos de enriquecimento de Li em gigantes podem estar de alguma forma ligados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JORGE LUIS MELENDEZ MORENO
Interno - 2496004 - JOSE DIAS DO NASCIMENTO JUNIOR
Externo à Instituição - LEO ALBERTO GIRARDI
Interno - 2887830 - MATTHIEU SEBASTIEN CASTRO
Interno - 1672854 - RAIMUNDO SILVA JUNIOR
Notícia cadastrada em: 30/12/2022 16:31
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