Banca de DEFESA: RAFAEL HEITOR NUNES DE RUBIM COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAFAEL HEITOR NUNES DE RUBIM COSTA
DATA : 16/10/2017
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de Aula do PPg em Psicobiologia
TÍTULO:

 

Análise comparativa de marcadores biológicos entre homens saudáveis e com diagnóstico clínico de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)



PALAVRAS-CHAVES:

Severidade do TEPT; cortisol; DHEA-S; Proteína-C-reativa; relação cortisol/DHEA-S


PÁGINAS: 114
RESUMO:

O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é um quadro psiquiátrico caracterizado pelo surgimento de sintomas típicos após a exposição a um evento traumático, que pode ocorrer de forma direta ou indireta. A apresentação clínica é de revivência do trauma, manobras evitativas dessas revivências, alterações negativas da cognição e do humor e sintomas de hiper-reatividades física e psíquica. A situação de estresse crônico presente no TEPT envolve alterações nos mecanismos fisiológicos relacionados ao eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) e aos sistemas nervoso autônomo e imunológico. A literatura não apresenta concordância quanto ao perfil de secreção do hormônio cortisol que varia entre os diferentes estudos, sendo relatadas elevações, diminuições ou semelhança, em estudos envolvendo participantes com TEPT comparados a um grupo controle. Situação similar ocorre com o hormônio deidroepiandrosterona-sulfato (DHEA-S) bem como com a resposta imune associada ao TEPT, avaliada pela proteína C reativa (PCR). O presente estudo foi realizado com dois grupos de homens, pareados por idade, sendo 17 deles com diagnóstico clínico de TEPT e 17 do grupo controle (sem TEPT). Foram analisados os perfis séricos de cortisol, DHEA-S, relação cortisol/DHEA-S e PCR nos dois grupos, por meio dos testes não-paramétricos de Wilcoxon-Mann-Whitney, Kruskall–Wallis e correlação de Spearman. A análise estatística considerou o valor de p < 0,05. Os resultados mostraram que não houve diferença estatística significativa de nenhum desses indicadores entre os dois grupos. Dentro do grupo experimental, quando os graus de TEPT foram estratificados, os níveis de DHEA-S foram estatisticamente inferiores nos homens com grau grave de TEPT, quando comparados ao somatório dos níveis dos participantes com graus leve e moderado. As análises de correlação mostraram associação negativa entre níveis de cortisol e DHEA-S no grupo controle e, no grupo experimental, correlação positiva entre cortisol e PCR. Estes resultados sugerem que as variáveis estudadas, isoladamente, parecem não constituir bons marcadores para diagnóstico de TEPT. Todavia, quando correlacionadas, podem reforçar esse diagnóstico. Além disso, os níveis significativamente mais baixos de DHEA-S no quadro mais severo de TEPT sugerem que a diminuição do efeito neuroprotetor desse hormônio parece estar associado ao agravamento do TEPT. O aumento do tamanho amostral poderá melhor caracterizar essa alteração e confirmar se a diminuição de DHEA-S poderá representar um marcador para o diagnóstico de gravidade do TEPT.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2442045 - ANDRE GUSTAVO PIRES DE SOUSA
Presidente - 6346130 - MARIA BERNARDETE CORDEIRO DE SOUSA
Externo à Instituição - PAULA ADRIANA BORBA RODRIGUES - UNP
Notícia cadastrada em: 06/10/2017 16:24
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