Banca de DEFESA: MARIANA ARAUJO PAULO DE MEDEIROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIANA ARAUJO PAULO DE MEDEIROS
DATA: 27/03/2013
HORA: 14:00
LOCAL: Sala do CONSEC/CCS
TÍTULO:

ASPECTOS DE PATOGENICIDADE E RELACIONAMENTO GENÉTICO DE ISOLADOS CLÍNICOS VAGINAIS E ANAIS DE Candida albicans ORIUNDOS DE PACIENTES COM CANDIDÍASE VULVOVAGINAL


PALAVRAS-CHAVES:

C. albicans, Candidíase vulvovaginal


PÁGINAS: 202
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Introdução: Candidíase vulvovaginal (CVV) é uma das causas mais comuns de vaginite e acomete cerca de 75% das mulheres em idade reprodutiva, sendo a maioria dos casos (80 a 90%) devido à C. albicans, espécie mais virulenta do gênero. Atributos de virulência em CVV são pouco investigados, bem como a fonte da infecção permanece incerta. Objetivo: Este trabalho teve por finalidade avaliar os fatores de virulência e genótipos de isolados clínicos de C. albicans sequencialmente obtidos do ânus e da vagina de pacientes com CVV esporádica e recorrente. Material e métodos: Foram analisados 62 isolados clínicos de C. albicans (36 isolados vaginais e 26 isolados anais). Realizou-se o exame direto das amostras de secreção vaginal e anal e contagem de unidades formadoras de colônia (UFC); as leveduras foram identificadas por meio cromogênico CHROMagar Candida® e por metodologia clássica e caracterizadas fenotipicamente quanto a fatores de virulência, incluindo a capacidade de aderência a CEBH, a atividade de proteinase, a morfogênese e a formação de biofilme. Para a avaliação da variabilidade genotípica, empregou-se a técnica de genotipagem ABC, além da genotipagem por microssatélites e RAPD. Resultados: Verificou-se 100% de concordância entre o exame direto e a cultura de amostras vaginais, observando-se a presença de formas filamentosas na maioria das amostras de secreção vaginal, as quais apresentaram contagem de UFC significativamente superior àquela apresentada pelas amostras de secreção anal. Não se observou diferença estatisticamente significativa quando se comparou os fatores de virulência dos isolados vaginais infectantes com aqueles apresentados pelos isolados anais colonizantes, de uma forma geral; bem como comparando-se os isolados vaginais de C. albicans obtidos de grupos de pacientes com diferentes condições clínicas (CVV esporádica e com CVVR). Observa-se uma tendência à diminuição da capacidade de aderência, morfogênese e formação de biofilme do isolado vaginal infectante ao longo do tempo e sugere-se associação entre a capacidade de expressar os diferentes fatores de virulência estudados e as manifestações clínicas apresentadas pelas pacientes. O genótipo A foi o mais prevalente (93,6%), seguido do genótipo C (6,4%), verificando-se maior variabilidade genética pelas demais técnicas de genotipagem em relação à genotipagem ABC. Houve manutenção do mesmo genótipo ABC e maior prevalência de microevolução das cepas vaginais de C. albicans obtidas sequencialmente, bem como observou-se o mesmo genótipo ABC e alta similaridade genética entre isolados vaginais e anais de C. albicans obtidos simultaneamente da mesma paciente. Conclusão: Tanto o exame direto quanto a cultura são importantes no diagnóstico micológico da CVV por C. albicans. Ressalta-se que a proliferação da levedura e a transição levedura-hifa são importantes no estabelecimento da CVV. A expressão dos fatores de virulência é importante na patogênese de CVV, contudo não parece ser determinante na transição de colonização para infecção nem na instalação de quadro recorrente de CVV. O genótipo A demonstra ser dominante em relação aos demais tanto em isolados vaginais quanto em isolados anais de pacientes com CVV. Verifica-se a ocorrência de microevolução das cepas de C. albicans no ambiente vaginal como cenário mais comum. Sugere-se que o reservatório anal constituiu uma possível fonte da infecção vaginal, na grande maioria dos casos avaliados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1149398 - EVELINE PIPOLO MILAN
Presidente - 1715308 - GUILHERME MARANHAO CHAVES
Externo à Instituição - REJANE PEREIRA NEVES - UFPE
Notícia cadastrada em: 20/03/2013 12:16
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