ENTRE DADOS E DÚVIDAS: Uma análise do transfeminicídio no Brasil
Transfeminicídio; Gênero; Violência; Reconhecimento.
A pesquisa se move no sentido de entender quais os fatores primordiais para compreensão do transfeminicídio no Brasil. Para tal, o fulcro discursivo se orienta por duas categorias centrais, ‘gênero’ e ‘violência’, e suas conexões com outras esferas teóricas, como ‘humanidade’, ‘reconhecimento’, ‘precariedade’, ‘vulnerabilidade’ e ‘luto’. A hipótese nevrálgica está calcada na ideia de que o próprio Estado é um dos agentes principais – se não for o mais importante – na produção de níveis desiguais de humanidade(s) e que políticas de morte são válvulas propulsoras desse sistema. Caracteriza-se como uma pesquisa etnográfica (MALINOWSKI, 1982) e as fases que à constituem privilegiam a percepção de que a etnografia deve ser encarada como uma teoria vivida (PEIRANO, 2006). O contexto empírico é caracterizado por etnografias realizadas em seminários e encontros destinados às pessoas trans e pela catalogação de dados online de ONGs nacionais e internacionais. Autores e autoras como Berenice Bento (2014, 2016), Judith Butler (2006a, 2006b, 2011, 2014, 2015, 2016), Georg Hegel (1992) e Jaqueline Gomes de Jesus (2013) compõem o bojo teórico medular que alicerça a investigação.