Banca de QUALIFICAÇÃO: KENIA ALMEIDA NUNES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KENIA ALMEIDA NUNES
DATA: 07/12/2015
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório A do CCHLA
TÍTULO:

CINEMA E SEXUALIDADE: o gay entre cenas, cortes e closes


PALAVRAS-CHAVES:

Sexualidade; Cinema; Gay; Heteronormatividade.


PÁGINAS: 57
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
SUBÁREA: Outras Sociologias Específicas
RESUMO:

O mundo ocidental investiu durantes séculos na identificação e nomeação das práticas sexuais divergentes do que foi instituído como norma. A norma histórica do ocidente está fundamentada nas relações hoje vistas como heterossexuais, ou seja, a sexualidade verdadeira e saudável é aquela vivida entre uma mulher e um homem, nesse caso, o que se encontra fora dessa classificação é entendido, ao longo da narração histórica, como práticas perversas, práticas de sodomia, anormalidade, doença, abjeção. Mediante isto, temos que vários campos de poder incidiram suas classificações acerca dos sujeitos que se encontravam às margens da normalidade. Da religião ao judiciário, da medicina e psiquiatria ao cinema, percebemos que várias foram as construções sociais de identificação das sexualidades periféricas. Considerando tais premissas, o projeto em questão tem por objetivo pesquisar a emergência e a disseminação do gay como figura de subjetividade construída através das relações inseridas dentro do campo cultural do cinema. É entendido nesta pesquisa que o gay, é uma identidade (re)produzida dentro do cinema, e nesse sentido, estamos nos reportando a relação dialética que o espaço mantém com a realidade social para que esta construção ocorra. Conforme tal perspectiva é no cinema que a palavra gay se transmuta em conceito e passa a designar identidade assimilada por sujeitos gays e não gays. O gay, através do cinema da indústria cultural, passa a ser no século XX uma identidade higienizada, ou seja, se nos filmes de comédia da indústria cultural tínhamos um sujeito homossexual mais afeminado, mais alegre e tresloucado, nos filmes do gênero drama temos a produção do gay por meio de padrões heterossexuais, ou melhor, heternormativos. Em outras palavras, os filmes do ramo drama, da indústria cultural, (re)produzem o gay a partir da incorporação dos padrões heteronormativos, como os relacionamentos duradouros, casamento, a formação da família, a adoção dentre outros elementos. Temos, nesse sentido, uma identidade higienizada. Para conseguir comprovar tal hipótese utilizaremos como metodologia a revisão bibliográfica de textos que falam sobre os campos da religião, do judiciário, da medicina e da psiquiatria que abordam a questão das práticas sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Faremos também uma etnografia de tela acerca de filmes do gênero drama, dentro do cinema da indústria cultural, que possibilitem a percepção de que esse espaço constrói uma certa norma identitária do que é ser gay, norma esta que passa a ser um molde, um modelo certo e esperado nas performances sexuais disparatadas. Dessa maneira, um modelo/identidade higienizado sobressai para tais sujeitos através dos padrões heteronormativos, forjando, dessa forma, uma certa margem desse padrão gay.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1475558 - LORE FORTES
Interno - 1352037 - EDMILSON LOPES JUNIOR
Externo ao Programa - 1345775 - MARIA HELENA BRAGA E VAZ DA COSTA
Notícia cadastrada em: 30/11/2015 09:14
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