Banca de DEFESA: GILNARA KARLA NICOLAU DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GILNARA KARLA NICOLAU DA SILVA
DATA: 28/02/2013
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório C do CCHLA
TÍTULO:

O espaço do consumo e o consumo do espaço no município de Macaíba-RN a partir das festas de vaquejada (1980-2012)



PALAVRAS-CHAVES:

Espaço geográfico. Consumo. Capitalismo. Vaquejada. Cultura popular. Massificação cultural.


PÁGINAS: 171
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

No decorrer dos séculos o espaço geográfico sofreu intensas transformações em nível mundial, passando a ser visto como mercadoria, portanto, revestido de valor de troca. Diante desta premissa, alguns geógrafos ao analisar o consumo do/no espaço têm procurado explicar como e por que a economia, a cultura, o simbólico e o material se encontram, demonstrando como os complexos significados e expressões do consumo, por sua vez conectados a outros espaços e escalas, contribuem criticamente, no entendimento da relação entre a sociedade e o espaço. É importante fazermos esta análise, pois, estes aspectos nos ajudam a compreender como o consumo penetra no espaço e na vida das pessoas, haja vista que as mais abastadas são seus principais agentes, consumindo além de suas necessidades. Nesse sentido, percebemos que o modo de produção capitalista é  responsável por produzir e reproduzir o espaço garantindo a sua acumulação e expansão, transformando as diferentes formas espaciais, produzindo a partir dessas, novas espacialidades, que envolvem desde a cultura, as tradições e os costumes da sociedade, fazendo surgir novos hábitos de consumo e entretenimento. Nesta perspectiva, percebemos que o capital e o consumo estão intrinsecamente ligados ao processo de massificação da cultura, tendo em vista a multiplicidade de objetos criados no espaço, os quais são divulgados por meio da propagação da informação e da comunicação. A cultura de massa ou Indústria Cultural, com o advento da tecnologia da comunicação e da informação, sobrepõe-se à cultura popular, transformando-a em um produto industrial, sendo a mesma elaborada pelos veículos midiáticos, os quais estão ligados ao capital industrial e financeiro. Inserimos neste contexto de consumo do/no espaço e massificação cultural, as festas de vaquejada, consideradas um fenômeno cultural para o povo nordestino brasileiro, que teve início entre os séculos XVII e XVIII nas fazendas de gado sertanejas. Observamos que as mesmas têm passado por várias transformações ao longo dos séculos, quando modificada pelo capital, tornando-se, sobretudo, uma festa ou espetáculo urbano, o qual acontece em várias cidades da região Nordeste. Diante do exposto, buscamos compreender neste trabalho as transformações que ocorreram nas festas de vaquejada a partir de 1980 a 2012, especialmente, nos eventos que acontecem em Macaíba-RN, atentando-se para suas correlações com o processo de (re)produção do capital no espaço. Portanto, considerando que as transformações deste evento são evidentes no espaço geográfico, neste trabalho, destacamos sua importância para os nordestinos, principalmente, para os sertanejos, fazendo um resgate de sua história, observando como este evento, aos poucos, foi ganhando novos elementos e valores, perdendo suas características campesinas. Notamos que ao mesmo tempo em que a vaquejada produziu um novo público, transformou-se, também, em um evento-espetáculo, sobretudo, urbano, influenciando a economia das cidades que organizam tais festas e, por conseguinte, no processo de reprodução do capital no espaço. Ademais, o evento passou a fazer parte do contexto mercantil-regional e do calendário festivo de várias cidades nordestinas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2346233 - FRANCISCO FRANSUALDO DE AZEVEDO
Interno - 1291544 - EDU SILVESTRE DE ALBUQUERQUE
Externo à Instituição - EUSTÓGIO WANDERLEY CORREIA DANTAS - UFC
Notícia cadastrada em: 27/02/2013 08:59
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