Banca de DEFESA: VANESSA DE CÁSSIA TAVARES ANDRADE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VANESSA DE CÁSSIA TAVARES ANDRADE
DATA : 23/08/2019
HORA: 08:00
LOCAL: Sala 511 do DGE/CCHLA
TÍTULO:

O USO AGRÍCOLA DO TERRITÓRIO NO RIO GRANDE DO NORTE: DA AGROECOLOGIA À AGRICULTURA ORGÂNICA


PALAVRAS-CHAVES:

uso do território; agricultura orgânica; Agroecologia; normatização e exclusão.


PÁGINAS: 293
RESUMO:

O território nacional é modificado e transformado pelo Estado, a partir de uma lógica territorial própria, comandada pelos interesses dos agentes hegemônicos, que contribui para a manutenção da hegemonia dos mesmos. Em outras palavras, o Estado garante as condições para que o capital crie e recrie estratégias para sua produção e reprodução ampliada. No atual período, a ciência, a técnica e a informação comandam a produção, o uso dos objetos, direcionam as ações e determinam as normas. Os objetos técnicos adquirem importância central, pois são criados para cumprir funções determinadas, são carregados de intencionalidades. Nesse sentido, a certificação da produção orgânica revela estratégias de agentes hegemônicos voltadas para produção e reprodução ampliada de capitais, de forma seletiva e desigual, através do discurso da preservação ambiental, da defesa das práticas agrícolas agroecológicas. Nesses termos, o trabalho tem como objetivo avaliar os diferentes usos do território do Rio Grande do Norte a partir da agroecologia e da agricultura orgânica, no período técnico-científico-informacional. Refletir como as normatizações impostas pelo Estado, pelas empresas e pelos organismos internacionais dificultam as propostas agroecológicas. Considera-se que as normatizações da produção orgânica são muito perversas para os agentes não hegemônicos, uma vez que é seletiva, atende a um público consumidor muito seleto e exclui os camponeses que não têm capital suficiente para acatá-las. Embora existam experiências exitosas com base agroecológica, muitos produtos que têm sido disponibilizados no mercado como agroecológicos são, na verdade, produtos orgânicos, identificados pelos consumidores por um selo de certificação. Para avaliar os diferentes usos agrícolas do território do Rio Grande do Norte, estão foram adotados, como procedimentos metodológicos, a análise bibliográfica, a partir de fontes secundárias e primárias, na qual foram obtidas informações em dados a partir de entrevistas aos sujeitos envolvidos na problemática em discussão. A análise dos diferentes usos do território do Rio Grande do Norte a partir da agroecologia e da agricultura orgânica colaborou para o entendimento de como o discurso agroecológico tem sido apropriado pelo capital e está sendo mercantilizado por meio da agricultura orgânica, que tem se caracterizado como um nicho de expansão do capital.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIO NIVALDO HESPANHOL - UNESP
Presidente - 1486670 - CELSO DONIZETE LOCATEL
Externo ao Programa - 400358 - DEUSIMAR FREIRE BRASIL
Interno - 1530760 - RAIMUNDO NONATO JUNIOR
Externo à Instituição - SEDEVAL NARDOQUE - UFMS
Notícia cadastrada em: 05/08/2019 14:05
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