ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-AMBIENTAL PARA IMPLANTAÇÃO DE PARQUES EÓLICOS: UM ESTUDO DE CASO EM UM FRAGMENTO DO LITORAL SETENTRIONAL DO RIO GRANDE DO NORTE/ BRASIL.
Análise ambiental, prospecção de energia eólica, viabilidade ambiental.
A utilização de energias com fontes renováveis encontram-se cada vez mais demandadas pela sociedade, principalmente a eólica - cuja matéria prima é o vento. Os investimentos em energia eólica apresentam-se expressivos no Brasil com destaque ao Nordeste e, em especial, o Rio Grande do Norte. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (2012), os investimentos no estado cresceram significativamente desde 2002 com um total de potência acumulada até 2013 de aproximadamente 3.400 MW. Mesmo com o início das experiências de exploração da energia eólica em 2002, ela é considerada ainda recente e requer estudos mais aprofundados que remetam às prováveis alterações no ambiente e na sociedade. Neste caso, é crescente e urgente a importância de se estudar profundamente a energia eólica ainda na fase de prospecção do empreendimento, ou seja, no início das tomadas de decisão sobre o local mais viável para a implantação destes parques. Diante do exposto, questiona-se: a partir de uma análise técnica e ambiental, como identificar áreas viáveis à instalação de um parque eólico, levando em consideração os fatores das dinâmicas ambientais relevantes na minimizarão de resultados negativos ao meio ambiente e à sociedade? Desta forma, o presente trabalho realizou um estudo de viabilidade técnica e ambiental, propondo uma metodologia de prospecção de áreas viáveis à implantação de parques eólicos em áreas costeiras. A área estudada foi um fragmento do litoral setentrional do Rio Grande do Norte e dela foram identificadas as unidades naturais da paisagem através da caracterização ambiental da área, bem como foi elaborado o mapa de cobertura do solo, de restrição de residências e áreas urbanas e das Áreas de Preservação Permanente-APPs. A fragilidade ambiental foi subdividida na fragilidade da dinâmica natural, mapeada através do relevo, solos e geologia das unidades naturais, e a fragilidade do ecossistema, originada através do mapa de cobertura do solo. Além desses mapas, foi gerado o recurso eólico da área para uma altura de 50 e 100 m. O cruzamento entre os mapas de fragilidade, APPs e restrição de residências que sobreposto aos mapas de potencial eólico forneceu o mapa de viabilidade de parques eólicos que resulta nas áreas mais propícias do ponto de vista técnico e ambiental para suas instalações. A partir desse estudo, o empreendedor poderá avaliar a continuidade ou não com os estudos nessa área e principalmente diminuirá possíveis conflitos à sociedade.