Banca de QUALIFICAÇÃO: JESSICA DAYANNA LANDIVAR COUTINHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JESSICA DAYANNA LANDIVAR COUTINHO
DATA : 15/12/2022
HORA: 17:00
LOCAL: Sala de reuniões - CB/UFRN.
TÍTULO:

Indicadores clínicos no Aconselhamento Genético em Oncologia


PALAVRAS-CHAVES:

aconselhamento genético; oncogenética; câncer hereditário;


PÁGINAS: 45
RESUMO:

O aconselhamento oncogenético (AGO) tornou-se um serviço de estratégia preventiva essencial para o manejo de pacientes de alto risco para câncer hereditário na era pós-genômica. A identificação de variantes de alto risco ao câncer em portadoras assintomáticas e o controle do seu risco demonstraram reduzir o câncer de mama e a taxa de mortalidade. O Brasil é um país continental de renda média com uma população heterogenia que se sugere ter a maior variação genética interna das populações amostradas. O presente estudo tem como objetivo avaliar os indicadores clínicos, sociodemográficos e comportamentais em pacientes de alto risco submetidos ao AGO para câncer hereditário desde 2009, em um hospital de atenção ao câncer. O serviço recebeu 139 pacientes, sendo que 69,5% dos pacientes não concluíram o ensino médio, 89,3% tinham menos de 60 anos; 94% tiveram câncer de mama como diagnóstico primário e 23,7% carregam uma variante germinativa em genes de alto risco. A sobrevida global em 5 anos foi de 88,6%, sem diferença significativa entre os pacientes com mutação germinativa (IC 95%, p = 0,138). Após AGO, 90,9% e 73,3% dos pacientes apresentaram escore leve/normal para depressão e ansiedade, respectivamente, e independentemente da idade ao diagnóstico. Além disso, a decisão de se submeter à mastectomia redutora de risco (MRR) não foi influenciada pelos sintomas depressivos ou ansiosos. No entanto, 79,8% das mulheres com mais de 60 anos não apresentaram disposição para realizar o MRR. Entre os pacientes com variante patogênica, 58% afirmam que o diagnóstico de mutação germinativa foi capaz de modificar hábitos cotidianos. 91,7% das mulheres conseguiram entender o significado da mutação germinativa e as implicações para a saúde delas e da família, porém, isso estava diretamente relacionado ao nível de escolaridade. Esses resultados reafirmam os desafios do AGO em uma região subdesenvolvida do país com alta consanguinidade parental, heterogeneidade fenotípica e destaca a disparidade de saúde do câncer que existe para a população de alto risco.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1714243 - DANIELLA REGINA ARANTES MARTINS SALHA
Interna - 1055045 - MARCELA ABBOTT GALVAO URURAHY
Externo à Instituição - KLEYTON SANTOS DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 14/12/2022 14:16
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