“É ASSOBIO DE MATINTA”, É PRESSÁGIO DE VISAGEM: NOTAS SOBRE MEMÓRIAS E MITOS EM UM ESTUDO ETNOGRÁFICO NO BAIRRO DO GUAMÁ – BELÉM/PA
Espaço; Memória; Paisagem; Bairro do Guamá; Matinta Perera.
Esta pesquisa tem como objetivo a análise do imaginário diante do sobrenatural, principalmente com o mito da Matinta Perera, a partir de crenças e memórias de moradores do bairro do Guamá, em Belém do Pará, utilizando um exame das percepções desses moradores sobre o espaço em que vivem e viveram, a partir de suas memórias e experiências. Para tanto torna-se importante percorrer os processos de urbanização e estrutura nesse bairro, para melhor entendimento do espaço paisagístico e suas transformações. Torna-se necessário também, a argumentação sobre processos migratórios do interior do estado do Pará e de outros estados, para a cidade de Belém, a fim de inserir à discussão um debate sobre a interface entre o rural e o urbano no contexto amazônico, construindo uma análise da ideia de espaços ressignificados; e a articulação dos elementos da fauna e flora local nos mitos sobrenaturais, para o debate relacional entre paisagem, memória, sujeitos e espaço. Para isso, utilizo-me do método etnográfico, com visitas à duas associações de moradores do bairro do Guamá, AMI (Associação da Melhor Idade dos Moradores do Guamá) e ECNB (Espaço Cultural Nossa Biblioteca). Para as conversas com os participantes dessas associações, optei pela realização de entrevistas abertas e semi-estruturadas.