Nota de pesar pela partida do Professor Nonato Gurgel

No jornal O Galo, edição 4 (2016), da Fundação José Augusto, o professor Raimundo Nonato Gurgel Soares publicou algumas “Notas para um memorial do Seridó”. Nessas notas, o quinto tópico é o “Eclesiastes seridoense”, assim representado:

“Tempo de si - Tempo do Seridó

Tempo do ser - Tempo do sertão

Tempo do Ceres - Tempo dos seres” (GURGEL, 2016)

O Tempo do Sertão, para Nonato Gurgel, chegou. Nós, que fazemos o Mestrado em História dos Sertões (MHIST-CERES-UFRN), manifestamos o pesar pela sua partida abrupta, que, do Rio de Janeiro, migrou para outros sertões.

Nonato Gurgel era professor de Teoria da Literatura e de Literatura Brasileira na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Sertanejo do Rio Grande do Norte, parte de suas vivências no Seridó se deram no Campus de Caicó, do Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES), onde se graduou em Letras, posteriormente, tendo verticalizado sua formação, na mesma área, em nível de pós-graduação. Desenvolveu trabalhos de extensão em comunidades rurais de cidades sertanejas, no território potiguar, e, dentre suas publicações, estão miniSertão (2014) e Luvas na marginália (2016).

Dotado de extrema gentileza, como sertanejo que era, Nonato Gurgel esteve conosco, no Campus de Caicó, da UFRN, no começo de agosto de 2017, durante a I Jornada de História dos Sertões. Neste evento, que fez parte dos esforços para a construção de nosso Mestrado em História dos Sertões, o professor ministrou a palestra Escritas do sertão nas culturas modernas, relacionando a prosa de Guimarães Rosa com a de Euclides da Cunha.

Nossos sentimentos a familiares, amigos, colegas, alunos e ex-alunos.

Professores e Alunos do Mestrado em História dos Sertões (CERES-UFRN)

Crédito da imagem: perfil pessoal do Facebook de Nonato Gurgel