DIMENSIONAMENTO DE CISTERNAS E PROPOSTA DE TIPOLOGIAS DE VOLUME PARA REGIÕES PLUVIAIS HOMOGÊNEAS
Zonas pluviais homogêneas. PCD. Dimensionamento de cisternas.
A adoção de sistemas de captação de água de chuva como fonte de água potável é uma prática disseminada em diversas partes do mundo. A eficiência do sistema está diretamente ligada ao dimensionamento adequado do reservatório. O objetivo desta pesquisa é delimitar zonas pluviais homogêneas para o estado do Rio Grande do Norte, avaliar a variação de volumes de cisternas com diferentes métodos de dimensionamento para estas zonas e, por fim, determinar tipologias de volumes de cisternas para regiões com regimes pluviais semelhantes. Para a delimitação das zonas pluviais homogêneas foi utilizado a precipitação média anual e o índice PCD (Precipitation Concentration Degree) que permite estimar a forma como a precipitação se distribui ao longo dos meses do ano. Os resultados mostraram que a divisão em 6 grupos homogêneos contempla toda a variação das características pluviais para o estado e que a variação do volume de cisternas tende a decrescer quando se percorre o estado de oeste a leste. Quanto à avaliação dos métodos de dimensionamento, pôde-se concluir que os métodos Andrade Neto, Rippl, Simulação, YAS, Prático Australiano e Eficiência de 80% são apropriados, visto que os métodos apresentam variação dos volumes condizente com a variação das características pluviais. Por fim, é possível estabelecer tipologias de volumes de cisternas que possam atender às situações diversas que existem na prática. No caso do estado do Rio Grande do Norte, podem-se utilizar seis volumes de cisternas diferentes: 3, 5, 8, 12, 16 e 18 m³. Apenas 7% das famílias avaliadas necessitam de uma cisterna de 16 m³ para atender satisfatoriamente às suas demandas, isso demonstra que o volume utilizado para todas as situações é o volume adequado para uma pequena parcela das famílias, comprovando a necessidade de utilização de volumes distintos.