O QUE CONTROLA O CRESCIMENTO DO FITOPLÂNCTON EM LAGOAS COSTEIRAS TROPICAIS? UM MODELO PARA A LAGOA DE EXTREMOZ (RN) |
Eutrofização; Modelagem ecológica; zooplâncton; Controle top-down.
O crescimento fitoplanctônico é dependente de uma série de variáveis abióticas (nutrientes, temperatura) e bióticas (predação por zooplâncton). Neste trabalho, um modelo de compartimentos foi desenvolvido no software Stella para entender a dinâmica planctônica da Lagoa de Extremoz (RN) e simular diferentes cenários de alterações nas variáveis. Os dados foram coletados mensalmente em dois pontos da lagoa. As variáveis de estado são fitoplâncton e zooplâncton e as forçantes são nitrogênio, fósforo e temperatura. Os resultados mostram que: a) o modelo se ajusta bem aos dados, especialmente quando algumas constantes assumem diferentes valores; b) simulações de reduções das concentrações de nutrientes diminuem a biomassa fitoplanctônica, mas o aumento dos nutrientes não favorece o crescimento; c) alterações na temperatura não modificam a biomassa fitoplanctônica; d) modificações na biomassa de zooplâncton afetam diretamente e consideravelmente o fitoplâncton, indicando um mecanismo de controle top-down; e) alterações nas concentrações de nutrientes modificam a concentração do zooplâncton sugerindo um rápido fluxo de energia entre nutrientes, fito e zooplâncton e um provável ecossistema arranjado em pirâmide invertida (maior concentração de zooplâncton do que fitoplâncton).