Banca de QUALIFICAÇÃO: ALEXANDRE AUGUSTO BEZERRA DA CUNHA CASTRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALEXANDRE AUGUSTO BEZERRA DA CUNHA CASTRO
DATA : 04/08/2021
HORA: 15:30
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

Configuração Espacial e Planejamento Cicloviário: Estudo de Caso da Cidade de Campina Grande, Paraíba, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Pedalabilidade, Sintaxe do Espaço, Mobilidade Urbana


PÁGINAS: 186
RESUMO:

A inserção da bicicleta no planejamento dos transportes no Brasil ocorreu no começo do Século XXI, com a instituição da Lei nº 12.587/12. Neste contexto, Campina Grande, cidade de porte médio localizada no interior do Estado da Paraíba, instituiu seu plano de mobilidade urbana em 2015, que contém diretrizes para o planejamento cicloviário da cidade. Assim, este trabalho discute sobre a efetividade dos projetos realizados e a serem implantados, no que diz respeito ao efeito potencializador de movimento, em relação à configuração espacial e outros aspectos configuracionais e morfológicos da pedalabilidade, a partir dos seguintes questionamentos: em que medida a configuração espacial molda os fluxos e deslocamentos por bicicleta em Campina Grande? Que aspectos configuracionais e morfológicos são mais recorrentes nas tomadas de decisão de rotas para ciclistas na cidade de Campina Grande? A infraestrutura cicloviária está sendo implantada em espaços topologicamente acessíveis e onde há demanda de fluxo de ciclistas? Que locais deveriam ser contemplados com infraestrutura cicloviária, levando em consideração a configuração espacial? Com base nessa problemática, o objetivo geral desta pesquisa é apontar congruências e incongruências entre propriedades morfológicas da configuração espacial dos casos estudados e a mobilidade por bicicleta, visando contribuir para auxiliar gestores públicos na tomada de decisão de projetos e políticas de ciclomobilidade, tendo como objetivos específicos: entender aspectos morfológicos subjacentes aos princípios de locomoção por bicicleta; identificar propriedades configuracionais do estudo de caso, em diferentes escalas e variáveis; verificar outras variáveis morfológicas e funcionais e como atuam, em consonância com a configuração espacial favorecendo a pedalabilidade; e relacionar o potencial de acessibilidade espacial com as diretrizes de planejamento cicloviário. A metodologia foi dividida em 7 procedimentos metodológicos: i) revisão bibliográfica; ii) modelagem de mapas configuracionais, a partir da Análise Sintática do Espaço, para a obtenção das medidas Conectividade e Comprimento Axial e de Segmentos, Integração Angular Normalizada (NAIN), Escolha Angular Normalizada (NACH), Acessibilidade Espacial (INCH) e Contagem de Nós; iii) Coleta de dados secundários sobre o uso da bicicleta em Campina Grande, obtendo a contagem de ciclistas realizada pela Prefeitura Municipal de Campina Grande, em 2014, em 12 pontos diferentes, que foram subdivididos em 47 segmentos viários; iv) coleta de dados sobre a infraestrutura cicloviária da cidade; v) modelagem da topografia da cidade, a partir de imagens de satélite do Topodata, cujos dados foram inseridos nos mapas configuracionais; vi) modelagem do uso do solo urbano, no entorno de 600 metros dos pontos de análise; e vii) análise espacial e estatística dos dados coletados. Os achados parciais desta pesquisa indicam que a configuração espacial permite explicar quase metade da variação da contagem de ciclistas nos segmentos analisados. As medidas INCHr1200m, NACHr2400m, NCr1200m, NAINr2400m foram as que obtiveram melhores correlações estatísticas e espaciais, obtendo correlações máximas de 37%. Uma regressão multivariada entre INCHr1200m e Declividade permite explicar 49% da contagem de ciclistas na cidade. O uso do solo predominante no entorno analisado foi o residencial. 69% dos lotes comerciais, mistos e institucionais se localizavam nas vias 20% mais acessíveis na medida INCHr1200m, que também são as utilizadas pelos ciclistas nas viagens diárias, indicando a influência da configuração espacial tanto nos deslocamentos por bicicleta como nas dinâmicas de uso do solo, indo ao encontro dos pressupostos da Teoria da Lógica Social do Espaço. Em relação às características físicas das vias, foi observado uma contagem média de ciclistas maior em vias mais largas, o que contraria a literatura. No entanto, a presença de infraestrutura cicloviária e a alta acessibilidade nas vias mais largas explicam a presença maior de ciclistas em ruas largas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - AIDA PAULA PONTES DE AQUINO
Presidente - 350255 - EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO
Externo à Instituição - MAURO NORMANDO MACÊDO DE BARROS FILHO - UFCG
Interna - 350489 - RUTH MARIA DA COSTA ATAIDE
Externo à Instituição - VALÉRIO AUGUSTO SOARES DE MEDEIROS - UnB
Notícia cadastrada em: 28/07/2021 18:05
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