26/08/2020, 16h: Defesa de Mestrado de MANUELA CRISTINA RÊGO DE CARVALHO

 

Em caráter excepcional, decorrente da pandemia, a defesa será por videoconferência, integralmente.

 

A defesa é pública e a participação da comunidade é bem-vinda. É necessário que os interessados em participar enviem uma mensagem para ufrn.ppgau@gmail.com  com antecedência mínima de 30 min do começo da banca, para cadastro e liberação do acesso à sala virtual. 

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 350489 - RUTH MARIA DA COSTA ATAIDE
Interno - 2432718 - ALEXSANDRO FERREIRA CARDOSO DA SILVA
Externa ao Programa - 2318817 - AMIRIA BEZERRA BRASIL
Externa à Instituição - NATACHA SILVA ARAÚJO RENA - UFMG

 

 

TÍTULO: Estratégias de reapropriação cotidiana na cidade de Natal/RN por intervenções temporárias

 

RESUMO:

O crescente avanço tecnológico, o processo de globalização, as diversas redes de comunicação, a fluidez e a liquidez das novas relações, quando aliadas a um constante crescimento de políticas neoliberais, traduzem nas cidades os anseios do capital e dos grandes investimentos, gerando novas condições de uso e apropriação dos seus espaços públicos cada vez mais distantes da coletividade. O convívio social passa a se enclausurar em espaços privados e abrir espaço para o surgimento de movimentos efêmeros na cidade, também definidas como “intervenções temporárias”, as quais buscam inferir e gerar novas formas de uso e apropriação do espaço público. Portanto, tais ações são aqui caracterizadas pela sua temporalidade efêmera, pela participação coletiva e pela capacidade de transformar os espaços da cidade, ainda que por períodos determinados, em lugares de acolhimento e livre expressão da cultura. Por meio dessas, expressas como resistência a esse modo de vida na cidade e onde muitas vezes se realizam em áreas subutilizadas, que os direitos sociais no espaço urbano são reconquistados e podem definir uma nova identidade aos lugares. As intervenções temporárias mapeadas e analisadas na cidade de Natal são, portanto, entendidas como movimentos de oposição ao planejamento formal guiado pelo capital e possuem lugar de destaque no processo de democratização do direito ao acesso à cidade. A presente pesquisa tem por objetivo principal compreender essas estratégias nos espaços livres públicos em Natal/RN e relação dessas com a democratização do acesso à cidade. O estudo evidencia especificamente: (1) uma reflexão teórica baseada no contexto socioespacial das cidades contemporâneas e na relação dela com o surgimento destas intervenções temporárias no espaço público; (2) uma classificação dos espaços que são objeto das atividades de apropriação por meio de intervenções temporárias na cidade de Natal; (3) a relação entre os tipos de intervenções temporárias e as configurações espaciais dos espaços ocupados por essas e (4) uma análise e discussão a partir da elaboração de cartografias sociais com os atores sociais envolvidos nessas intervenções. Para o desenvolvimento do trabalho, recorremos às contribuições teórico-metodológicas de diversos autores, estabelecendo conexões entre os conceitos e os temas transversais implicados com o objeto de estudo, evidenciando a natureza da resistência das intervenções no contexto das cidades contemporâneas. A partir de Adriana Sansão Fontes (2011), Peter Bishop (2012), Rogerio Proença Leite (2002) e Carlos Magnani (2003) foi realizada uma caracterização das atuais práticas de apropriação do espaço público por meio de intervenções temporárias e as suas interferências na cidade e, com isso, a metodologia também se pautou no mapeamento e na catalogação prévia dessas ações para uma posterior análise de um universo de quinze intervenções selecionadas. Por fim, a análise dessas ações recorre à estudos de casos mais aprofundados, que se basearam em entrevistas semiestruturadas e cartografias sociais realizadas juntamente com a participação dos atores envolvidos. Buscou-se com essa dissertação refletir o papel que desempenham as intervenções temporárias no contexto atual das cidades contemporâneas, na criação de novos lugares e no despertar de novas formas de apropriação e uso do espaço público livre, expressos no direito ao acesso à cidade.

Notícia cadastrada em: 12/08/2020 10:49
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