Banca de DEFESA: MAURICIO PEREIRA MARTINS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MAURICIO PEREIRA MARTINS
DATA : 30/07/2018
HORA: 13:30
LOCAL: Miniauditório do PPGAU/UFRN
TÍTULO:

Forma da arquitetura e movimento que anima as ruas da Praia da Pipa: explorando nexos entre configuração espacial, interfaces edifícios-rua e animação urbana em uma vila costeira no nordeste do Brasil.


PALAVRAS-CHAVES:

animação urbana, acessibilidade, movimento,  Praia da Pipa (Tibau do Sul-RN), Sintaxe do Espaço


PÁGINAS: 122
RESUMO:

Esta dissertação aborda relações entre forma da arquitetura e animação urbana, tendo como estudo de caso a Praia da Pipa, RN, Brasil, um assentamento costeiro consagrado como destino por visitantes nacionais e internacionais. Verificou-se que o arranjo espacial das vias públicas afeta o potencial de movimento e encontro de pessoas com intensidades distintas nas várias localidades do município de Tibau do Sul, no qual se insere o distrito da Pipa; e que trechos da Avenida Baía dos Golfinhos, via localizada na Pipa, mas afastada da praia — sem vista para o mar e estreita — atraem o movimento de pedestres em maior proporção que qualquer outro ponto da malha viária de Tibau do Sul. Propõe-se aqui que, para além dos atributos naturais privilegiados da Pipa e entorno, a estrutura de acessos explica essa afluência. Os parâmetros de acessibilidade no tocante ao potencial de movimento inerente à animação nas ruas aqui explorados têm como base a teoria da Lógica Social do Espaço (HILLIER; HANSON, 1984), que relaciona o arranjo da estrutura espacial com fenômenos sociais, econômicos e ambientais. Discutiu-se em que medida a estrutura espacial favorece a animação na malha viária e se relaciona à permeabilidade da ocupação privada lindeira ao passeio público. Os resultados apontam que na Avenida Baía dos Golfinhos – célebre ponto de animação e encontro de pedestres – os trechos mais concorridos são topologicamente privilegiados e fartos de recintos privados não residenciais que se abrem para a rua, enquanto trechos altamente acessíveis, mas com baixa permeabilidade ao pedestre para recintos que margeiam as vias, apresentam pouco ou nenhum indício de animação. Sugere-se que o movimento pedonal é favorecido pelo modo de ocupação informal do solo, predominante nos povoados do município de Tibau do Sul, que configura uma malha viária segmentada e um parcelamento denso, com construções diretamente permeáveis às vias, enquanto que a ocupação de maior porte — geralmente impermeável à rua — ou os terrenos deixados vazios como estoque de terras, inibem a atividade pedestre. Este modo de ocupação, comum às áreas de expansão, tende a um movimento suportado pelo automóvel, mais pobre em animação de rua, cujas nuances se propõe explicar por determinadas combinações entre parâmetros distintos de acessibilidade da malha viária e de permeabilidade das interfaces entre espaços públicos e privados. A construção de um anel viário – também investigada – impactou pouco a estrutura de acessos, embora pareça contribuir para estender a área de movimento preponderantemente veicular. Conclui-se que a forma dos vazios da arquitetura, o espaço, carrega a animação para onde a forma dos cheios da arquitetura, a permeabilidade dos edifícios, a acolhe.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 350255 - EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO
Interno - 1149528 - MARCIO MORAES VALENCA
Externo à Instituição - LUCY DONEGAN - UFPB
Notícia cadastrada em: 05/07/2018 13:13
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