Banca de QUALIFICAÇÃO: FLÁVIA MONALIZA NUNES SECUNDO LOPES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FLÁVIA MONALIZA NUNES SECUNDO LOPES
DATA : 06/09/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Miniauditório do PPGAU/UFRN
TÍTULO:

COMO ERA NA FAVELA? COMO É NO CONJUNTO? Relações entre propriedades espaciais e vida social no caso do reassentamento da Favela do Maruim em Natal/RN.


PALAVRAS-CHAVES:

Sintaxe Espacial. Vida Social. Favela. Reassentamento. Favela do Maruim.


PÁGINAS: 103
RESUMO:

Nesta dissertação, buscamos investigar os efeitos exercidos por mudanças morfológicas nos espaços abertos de assentamentos urbanos sobre a vida social das pessoas que utilizam esses espaços. Nos apoiando em uma abordagem morfológica, guiada pelo referencial da Teoria da Lógica Social do Espaço (ou Sintaxe Espacial, como é comumente conhecida) (HILLIER; HANSON, 1984), investigamos a vida social dos indivíduos a partir de padrões de encontros entre eles. Esses encontros, por sua vez, seriam organizados por possibilidades e restrições impostas pela arquitetura do próprio assentamento e da relação desta com a arquitetura da cidade. Partindo de uma perspectiva analítica e comparativa, estudamos a morfologia de dois assentamentos que fazem parte de um processo de reassentamento na cidade de Natal/RN: uma favela – Favela do Maruim – e um Conjunto Habitacional – Residencial São Pedro – construído para acomodar os habitantes removidos da favela. A Favela do Maruim, assentamento orgânico e autoconstruído datado da década de 1920, nasceu como uma vila de pescadores nas proximidades do Rio Potengi e do Porto de Natal. Seu crescimento passou a impedir a expansão da Zona Portuária e a fez ser durante muito tempo alvo de uma possível remoção. Depois de um longo processo de discussão sobre a área, em 2016, cerca de 170 famílias que ocupavam a comunidade foram transferidas para um conjunto habitacional, localizado no mesmo bairro, geometricamente planejado com 25 edifícios de 04 pavimentos (200 apartamentos) distribuídos em uma grelha regular, construído no contexto do programa de habitação nacional Minha Casa, Minha Vida. Por acreditar que a vida cotidiana nos espaços abertos era uma parte vital da vida social cotidiana da população da favela, analisamos e comparamos a morfologia desses espaços em cada um dos assentamentos na busca de encontrar respostas sobre tipos de encontro na favela e no conjunto, e se, e como a mudança na morfologia está alterando lógicas de vida social preexistentes na realidade. Para isso seguiremos dois caminhos: analisaremos o espaço (comunidades virtuais) e a sociedade (a comunidade real). Para o estudo do espaço, análises axiais e de segmentos caracterizaram a inserção de cada assentamento na estrutura da cidade em diversos raios métricos e topológicos, a estrutura interna e do entorno imediato de cada assentamento é examinada através de Visual Graph Analisys (mapas de integração visual), mapas de uso do solo e de interface entre os domínios públicos e privados. Para a análise da vida social real fizemos (e faremos) observações do movimento in loco e faremos entrevistas sobre a mudança com a população. Resultados parciais (da análise do espaço e das observações) mostram que apesar de menos ordenada e integrada ao tecido urbano da cidade, a assimétrica e fragmentada configuração da favela define uma forte hierarquia, que privilegia certos espaços abertos que funcionam como extensão da casa dos moradores, sendo pontos de confluência para encontros e passagem de pedestres e atividades que tem uma forte interface público/privado. Uma lógica espacial diferente guia a formação do conjunto habitacional Residencial São Pedro, onde uma ordem homogênea e pouco hierárquica pulveriza os usos. O estudo, ainda em andamento, aponta parcialmente para a conclusão de que mudanças morfológicas estão alterando padrões de uso dos espaços abertos, encontros e consequentemente a vida social em comunidade.  


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 347575 - AMADJA HENRIQUE BORGES
Externo à Instituição - CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO - UFPE
Interno - 350255 - EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO
Presidente - 1149450 - RUBENILSON BRAZAO TEIXEIRA
Notícia cadastrada em: 01/08/2017 13:26
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa12-producao.info.ufrn.br.sigaa12-producao